Pela quinta semana consecutiva, o mercado reduziu a projeção para a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2008 e manteve a estimativa do indicador abaixo do teto da meta de inflação para este ano, de 6,5%. Segundo a Pesquisa Focus, compilado das principais projeções macroeconômicas de instituições financeiras divulgada nesta segunda-feira (01) pelo Banco Central, o IPCA deve encerrar 2008 em 6,32%, ante previsão de 6,34% na semana passada. Já para 2009, a previsão permaneceu em 5% pela sétima vez seguida.
Porém, em ambos casos, as previsões para o IPCA permanecem acima do centro da meta de inflação, de 4,5%, conforme determinação do Conselho Monetário Nacional (CMN). A margem de tolerância é de dois pontos porcentuais para baixo ou para cima, ou seja, entre 2,5% e 6,5%.
Para os Índices Gerais de Preços (IGPs), calculados pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) e que trazem o comportamento dos preços no atacado e o impacto em tarifas públicas e de serviços, as previsões também caíram. O mercado espera agora que o Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI) encerre 2008 em 10,31%, ante 10,38% na previsão anterior. Já o Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) deve ficar em 10,37% este ano, ante expectativa de 10,73% na semana passada. Para 2009, a projeção para o IGP-DI caiu de 5,30% para 5,29% e a do IGP-M passou de 5 5% para 5,48%.
Juros
Na semana que antecede o sexto encontro do ano do Comitê de Política Monetária (Copom), o mercado financeiro manteve as projeções para a taxa básica de juros, a Selic, em 2008 e em 2009, em 14,75% ao ano e 14% ao ano, respectivamente. Atualmente a Selic está em 13% ao ano.
O próximo encontro do Copom está previsto para a terça e quarta-feira da semana que vem (dias 9 e 10). Após esta reunião, o comitê terá ainda mais dois encontros, em outubro e dezembro deste ano.
Câmbio
O mercado elevou as previsões para as taxas de câmbio no fim de 2008 e de 2009 para R$ 1,63 e R$ 1,73, de R$ 1,62 e R$ 1,72, respectivamente.
PIB
A estimativa de crescimento da economia brasileira em 2008 não sofreu alteração e a projeção do mercado permaneceu em expansão de 4,8%, pela décima primeira semana consecutiva. Já para 2009, o mercado reduziu a projeção de expansão do Produto Interno Bruto (PIB) pela quarta vez seguida, para 3,6%, de 3,65% na semana passada.
Contas externas
Em relação à balança comercial brasileira, o mercado elevou a projeção de superávit comercial este ano para US$ 23,5 bilhões, de US$ 23,3 bilhões. Já a estimativa do déficit em conta corrente (saldo de todas as transações do País com o exterior) em 2008 caiu para US$ 26,4 bilhões, de US$ 25,5 bilhões na previsão anterior.
Para 2009, o mercado reduziu a previsão de superávit da balança comercial, de US$ 14,75 bilhões para US$ 14,25 bilhões. A previsão de déficit em conta corrente, porém, permaneceu em US$ 34,8 bilhões.
Investimentos
A previsão para o Investimento Estrangeiro Direito (IED) em 2008 subiu para US$ 35 bilhões, de US$ 34,5 bilhões na semana passada. Para 2009, a previsão do IED foi mantida em US$ 30 bilhões, pela 16ª vez seguida.
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