Bolsas européias se recuperam e abrem a semana em alta
As turbulências no mercado financeiro internacional não devem afetar fortemente a economia brasileira. Essa é opinião de mais de cem analistas ouvidos pelo Banco Central por meio de pesquisa semanal, que dá origem do relatório de mercado, também conhecido como Focus - divulgado às segundas-feiras pela manhã.
Na última semana, enquanto Bancos Centrais despejavam recursos nos mercados para atender à demanda de instituições financeiras, o agentes financeiros do Brasil faziam suas projeções para o futuro. E projetaram recuo no dólar, crescimento econômico maior e, também, um ingresso mais alto de investimentos estrangeiros diretos no Brasil.
Crescimento econômico
O mercado financeiro elevou a sua projeção para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) deste ano de 4,51% para 4,60% na última semana. Para 2008, a estimativa do mercado financeiro para avanço do PIB permaneceu inalterada em 4,30%.
A projeção do mercado para o PIB de 2007 ainda está abaixo, porém, do que projeta tanto o governo federal quanto o Banco Central para este ano: 4,7%. Entretanto, está acima da estimativa da Confederação Nacional da Indústria (CNI), que espera um crescimento de 4,5% para 2007.
Dólar, balança e investimento direto
O mercado continua ignorando os reflexos da crise de confiança gerada pelo mercado imobiliário norte-americano e vê o dólar em queda contínua. Na última semana, os agentes do mercado baixaram de R$ 1,87 para R$ 1,85 a sua estimativa para a taxa de câmbio no fim de 2007. Para o fim de 2008, a projeção ficou estável em R$ 1,95 por dólar.
A expectativa do mercado para o superávit comercial deste ano permaneceu inalterada em US$ 43 bilhões. Para 2008, a projeção caiu de US$ 37,20 bilhões para US$ 37,05 bilhões. Sobre o ingresso de investimentos estrangeiros diretos no Brasil, a estimativa do mercado financeiro para este ano subiu de US$ 25 bilhões para US$ 27 bilhões. Para 2008, permaneceu estável em US$ 22 bilhões.
Inflação e juros
Os agentes do mercado financeiro mantiveram, na última semana, a sua expectativa de inflação para o ano de 2007 inalterada em 3,75%. A projeção do mercado para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2008 permaneceu estável em 4%.
Ao definir os juros básicos da economia, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central utiliza o sistema de metas de inflação. Para este ano e 2008, a meta central é de 4,5%, com intervalo de tolerância de dois pontos percentuais para cima ou para baixo. O IPCA, que serve de referência para o sistema, pode ficar entre 2,5% e 6,5% sem que a meta seja descumprida.
Se o BC julgar que a inflação está compatível com as metas preestabelecidas, pode continuar baixando os juros. Se achar que a inflação está subindo mais do que o previsto, pode optar por interromper os cortes ou até elevar os juros para conter o crescimento dos preços.
Após o Copom promover um novo corte de 0,50 ponto percentual na taxa Selic em julho, fixando-a em 11,5% ao ano, o mercado financeiro continua a projetar um corte menor na reunião de setembro. Espera-se que o Copom reduza a taxa em 0,25 ponto percentual, o que deixaria a Selic em 11,25% ao ano.
Em outubro e dezembro, a previsão do mercado financeiro é de dois novos cortes de 0,25 ponto percentual por parte do BC. Com isso, os juros terminariam 2007 em 10,75% ao ano. Para o final de 2008, o mercado prevê que os juros estejam em 9,75% ao ano.
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