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O mercado financeiro reagiu bem à notícia de que o Tesouro Nacional irá recomprar os "bradies", títulos da dívida externa brasileira originados pela renegociação de 1994. Às 11h47m, o dólar caía 0,79% e era negociado entre os bancos e corretoras por R$ 2,122 na compra e R$ 2,124 na venda.

Os títulos brasileiros operam em alta e o risco-país, em baixa. Neste final de manhã, o EMBI+ Brasil, que mede o risco-país brasileiro, marcava 225 pontos centesimais, com queda de 5 pontos no dia. Esse é mais um piso histórico do indicador medido pelo banco de investimentos JP Morgan. Além da repercussão positiva da medida do Tesouro, a valorização dos títulos acontece porque a oferta dos papéis brasileiros diminui no mercado internacional.

Silvio Campos Neto, economista-chefe do Banco Schahin, explica que a medida anunciada nesta quinta-feira é um complemento do anúncio feito dias atrás pelo Tesouro, de que recompraria títulos com vencimento até 2010. Os papéis nesse grupo somam cerca de US$ 20 bilhões. Na recompra dos "bradies", anunciada nesta manhã, serão gastos cerca de US$ 5 bilhões das reservas cambiais brasileira.

Esses papéis têm cláusula de recompra semestral e o Tesouro tinha até 15 de março para avisar ao mercado se exerceria o direito de recolher os títulos. A recompra pode ser feita todo dia 15 de abril e todo dia 15 de abril, mas deve ser anunciada com pelo menos 30 dias de antecedência.

- A compra desses papéis era uma prioridade, dentro do universo de títulos que deverão ser recomprados. Por serem provenientes da reestruturação da dívida, eles carregavam uma espécie de "peso de moratória" - disse Campos Neto, que prevê reflexos positivos no risco-país brasileiro.

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