O mercado cortou, pela sexta vez seguida, a previsão de inflação para este ano e reduziu a estimativa para o juro básico no final de 2006, segundo relatório do Banco Central divulgado nesta segunda-feira.
A projeção média para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) - taxa usada como parâmetro do sistema de metas de inflação - caiu para 3,81%, contra 3,98% da semana anterior.
A meta central de inflação fixada pelo governo para 2006 é de 4,5%.
A previsão do mercado reflete a baixa dos índices nas últimas semanas. Na sexta-feira, o IBGE divulgou que o IPCA de junho foi o menor em oito anos. Nesta segunda-feira, a Fundação Getúlio Vargas divulgou nova deflação pelo IPC-S, com forte recuo nos preços dos alimentos.
Com a previsão de inflação em baixa, caiu junto a estimativa sobre os juros. O prognóstico para a Selic no encerramento do ano foi reduzido para 14,25%, contra 14,38% no levantamento anterior.
Para a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) de julho, na semana que vem, no entanto, a estimativa do mercado continua sendo de corte de 0,50 ponto percentual.
Para o dólar no final de dezembro, a previsão caiu para R$ 2,23, contra R$ 2,24 no levantamento anterior.
A sondagem mostrou ainda que o mercado manteve sua perspectiva para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 3,6% este ano e 3,7% em 2007.
Pelo lado comercial, as instituições consultadas pelo Banco Central continuam esperando que o país feche o ano com um superávit de US$ 40 bilhões na balança comercial.
Para 2007, entretanto, a estimativa foi elevada pela segunda semana consecutiva. A expectativa agora é de um superávit de US$ 35,64 bilhões, pouco acima dos US$ 35,51 bilhões projetados no levantamento anterior.