O mercado reduziu pela oitava semana consecutiva a projeção para a inflação no final deste ano e agora estima que o IPCA (índice oficial de preços) deve encerrar 2016 a 6,94%. A previsão está no boletim Focus, pesquisa semanal do Banco Central com economistas e instituições financeiras.
Na semana passada, a avaliação era de que a inflação encerraria o ano a 6,98%. Nessas oito semanas, a perspectiva para o índice de preços recuou de 7,59% em 4 de março para 6,94%. Caso termine o ano neste patamar, a inflação ainda assim estouraria o teto da meta estabelecida pelo governo para 2016, que é de 4,5% e dois pontos percentuais para cima ou para baixo.
O mercado também cortou a projeção para o IPCA em 2017. A leitura passou de 5,80% para 5,72%, abaixo da meta estabelecida pelo CMN (Conselho Monetário Nacional) para o próximo ano, que é de 4,5% com 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.
A pesquisa mostrou leve piora da previsão para a economia brasileira. A expectativa para a contração do PIB (Produto Interno Bruto) neste ano passou de 3,88% na semana anterior para 3,89% nesta projeção. Já em 2017 o mercado voltou a elevar a estimativa de crescimento do PIB, de 0,30% para 0,40%.
Câmbio
Em relação ao câmbio, a projeção foi cortada de R$ 3,80 para R$ 3,72 no final deste ano e de R$ 4 para R$ 3,91 em 2017.
No acumulado do ano até 29 de abril o dólar registra desvalorização de 12,7%. A depreciação da moeda americana já causa preocupação ao vice-presidente, Michel Temer. Ele avalia que o dólar “está caindo muito” e isso pode prejudicar as exportações brasileiras, uma das “alavancas” da retomada.
O atual vice não fala em piso para o dólar, mas quer evitar fortes oscilações na cotação cambial e mantê-la num patamar que não desestimule as vendas externas.
O receio da equipe de Temer é que o dólar caia mais após sua posse (parte dos analistas de mercado, porém, acredita que a cotação atual já embute a expectativa de afastamento da presidente).
A estimativa para a taxa básica de juros (Selic) foi mantida em 13,25% neste ano e reduzida de 12% para 11,75% no próximo ano.
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