O mercado financeiro reduziu, de acordo com a pesquisa semanal Focus, divulgada nesta segunda-feira (24) pelo Banco Central (BC), a expectativa para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2009 de 4,37% para 4,32%. Há quatro semanas, a projeção para o índice de inflação estava em 4,53%. Com a redução, a previsão dos analistas ficou abaixo do centro da meta de inflação para este ano, que é de 4,5%. Na mesma pesquisa, a estimativa para o IPCA em 2010 manteve-se estável em 4,3%, abaixo do centro da meta, que também é de 4,5% no ano que vem. A estimativa para a inflação de curto prazo caiu. Para agosto, a previsão para o IPCA foi reduzida de 0,26% para 0,23%. Para setembro, a estimativa de IPCA manteve-se em 0,25%.

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Já a estimativa para o desempenho da economia brasileira em 2009 teve leve melhora. No levantamento realizado junto a instituições financeiras, a previsão para o Produto Interno Bruto (PIB) neste ano passou de um recuo de 0,34% para uma contração de 0,30%. Para 2010, a previsão para o PIB também melhorou, passando de um crescimento de 3,8% projetado na pesquisa anterior para uma expansão de 4% no relatório desta segunda-feira. No mesmo levantamento, a estimativa para a produção industrial em 2009 segue negativa, mas teve discreta melhora, passando de uma queda de 7,18% para uma baixa de 7,05%. Para 2010, a projeção para o desempenho da indústria melhorou de crescimento de 5% para um avanço de 5,05%.

Juros, câmbio e contas externas

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A pesquisa Focus manteve a previsão de que a taxa básica de juros (Selic) deve terminar o ano nos atuais 8,75% ao ano. Para o final de 2010, foi mantida a projeção de que a taxa Selic suba para 9,25% ao ano.

Analistas mantiveram inalterada a previsão para o patamar do dólar no fim do ano. O nível da moeda norte-americana no fim de 2009 ficou em R$ 1,85. Para o fim de 2010, a previsão também manteve-se em R$ 1,85.

O mercado financeiro também melhorou as previsões para o déficit nas contas externas em 2009. A previsão para o déficit em conta corrente neste ano caiu de US$ 15 bilhões para US$ 14,55 bilhões. Para 2010, a previsão de déficit em conta corrente do balanço de pagamentos manteve-se inalterada em US$ 22 bilhões.

A previsão de superávit comercial em 2009 subiu de US$ 23 bilhões para US$ 23,7 bilhões. Para 2010, a estimativa para o saldo da balança comercial manteve-se em US$ 18 bilhões.

Analistas mantiveram a estimativa de ingresso de Investimento Estrangeiro Direto (IED) em 2009 em US$ 25 bilhões. Para 2010, a estimativa de IED foi mantida em ingresso de US$ 30 bilhões.

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