Depois de saltar 4,76% e encerrar os negócios de ontem a R$ 2,401, o dólar comercial registra uma queda expressiva nesta quinta-feira. Às 15h, a moeda americana recuava 4,21%, vendida a R$ 2,30. Na mínima do dia, chegou a cair 4,37%, a R$ 2,296. Após seis quedas consecutivas, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) operava em forte alta. Às 14h42m, o Ibovespa avançava 3,03%, para 36.883 pontos. O volume financeiro era de R$ 1,57 bilhão.
A notícia de que a economia norte-americana cresceu a uma taxa anual revisada de 5,3% no primeiro trimestre, enquanto a previsão de Wall Street era de 5,7%, atenuou preocupações com o rumo do juro americano, que vem causando turbulência nos mercados mundiais, e incentivou um movimento recuperação. Às 13h09m, o risco Brasil, que mede a confiança dos investidores estrangeiros, marcava 275 pontos-básicos, queda de 2,13% em relação à tarde de ontem.
- Parou um pouco aquela pressão vendedora. O número importante vai ser amanhã (o PCE), é ele que vai balizar as perspectivas para a taxa de juros - comentou Luiz Roberto Monteiro, assessor de investimentos da corretora Souza Barros, referindo-se ao índice de gastos pessoais dos Estados Unidos, considerado um dos principais indicadores analisados pelo Federal Reserve (Fed, banco central dos Estados Unidos) nas decisões sobre taxa de juros.
Entre os destaques de alta da Bovespa estavam Banco do Brasil, que disparava 10,35%, as ordinárias da Telemar, que exibiam valorização de 8,92%, e Net, que registrava ganho de 6,48%.
Considerado um dos melhores termômetros da confiança do investidor estrangeiro, o risco aumentou 28,89% do dia 10 de maio até ontem, refletindo o reavaliação dos ativos de países emergentes após a alta dos juros básicos nos Estados Unidos iniciar uma onda de turbulência nos mercados financeiros mundiais.
A Bovespa caiu em dez de 11 pregões, acumulando perda de 14,73%. O dólar subiu nove vezes, contabilizando alta de 16,55% no período. Com isso, a moeda americana passou a registrar valorização de 3,27% no acumulado do ano. No dia 9 de maio, o dólar valia R$ 2,06 e, de acordo com muitos analistas, caminhava para um patamar inferior a R$ 2.
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