A queda do risco Brasil para nova mínima histórica e o dado favorável de inflação dos Estados Unidos determinaram mais um dia calmo no mercado doméstico ontem, às vésperas do feriado de Natal. O dólar caiu pelo terceiro dia seguido, embalado ainda pelo fluxo cambial positivo e o bem recebido superávit primário do setor público de R$ 5,6 bilhões em novembro, que deve assegurar o cumprimento da meta de 4,25% do PIB este ano.

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Apesar de o núcleo do índice de preços dos gastos com consumo (PCE) de novembro dos EUA ter sido considerado positivo, o Dow Jones e a Nasdaq engataram uma realização de lucros que foi seguida pela Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). A Bolsa paulista registrou liquidez bastante reduzida e fechou com ligeira queda de 0,07%, para 43.355 pontos. Em Wall Street, a Nasdaq caiu 0,61% e o índice Dow Jones, 0,63%.

No mercado de juros da BM&F, o volume de negócios também foi pequeno. O mais líquido dos contratos, com vencimento em janeiro 2008, não chegou nem à metade do volume de quinta-feira: cerca de 100 mil ante pouco mais de 217 mil. Este contrato encerrou o dia em 12,50% ante 12,49% de quinta-feira; o janeiro 2009 ficou em 12,44% (ante 12,45%) e o janeiro 2010 não sofreu variação e encerrou o pregão em 12,47%.

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O dólar acentuou a desvalorização e fechou cotado em R$ 2,147, em baixa de 0,46%. Esta é a terceira queda seguida do pronto, que acumula baixa de 0,79% no mês e 7,66%, no ano. O novo patamar do risco país, o fluxo cambial positivo e o dado favorável de inflação nos EUA estimularam a vendas de dólar à vista e futuro. Além disso, foi muito bem recebida a informação do chefe do Departamento Econômico do BC, Altamir Lopes, de que o superávit acumulado em 12 meses até novembro, de 4,41% do PIB, dá a certeza de que a meta deste ano de 4,25% do PIB será cumprida.