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inflação em 2008

Mercado vê IPCA abaixo do teto, mas juro vai a 14,75%

A desaceleração dos índices de preços no início do segundo semestre ajudou a reduzir as projeções de mercado para a inflação em 2008, mas analistas acreditam que o Banco Central vai continuar aumentando o juro para trazer a inflação de volta ao centro da meta já em 2009, mostrou pesquisa divulgada nesta segunda-feira.

De acordo com levantamento semanal do BC, a estimativa para a variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2008 caiu para 6,45%, ante 6,54% na semana anterior. Para 2009 a projeção foi mantida em 5%.

A meta de inflação para 2008, 2009 e 2010 é de 4,5%, com margem de variação de dois pontos percentuais, para cima ou para baixo.

Em julho, o IPCA registrou alta de 0,53%, segundo informou na semana passada o Instituo Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No ano, o índice acumula alta de 4,19%. Nos últimos 12 meses, o indicador subiu 6,37%.

Apesar da estimativa mais favorável para a inflação, o patamar ainda é considerado alto, o que justifica a projeção mais elevada para a taxa básica de juro, instrumento utilizado pelo BC para desaquecer a demanda e trazer a inflação de volta ao patamar desejado.

De acordo com o levantamento do BC, os analistas acreditam que o Comitê de Política Monetária (Copom) vai elevar a Selic a 14,75% até dezembro. Até a semana anterior, a projeção era de um juro de 14,50% ao final do ano.

Desde abril, quando o novo ciclo de aperto monetário foi iniciado, o Copom elevou a Selic três vezes seguidas, passando de 11,25% para 13% ao ano.

O Comitê tem mais três reuniões este ano. O próximo encontro acontece em setembro.

O presidente do BC, Henrique Meirelles, tem dito que a autoridade monetária fará tudo o que for necessário para trazer a inflação de volta à trajetória das metas a partir do próximo ano.

No cenário traçado para 2009, analistas acreditam que a taxa de juro estará em 14% em dezembro, mesma projeção feita no levantamento anterior.

O cenário de aperto monetário desenhado para 2008 já gerou seu efeito negativo sobre a projeção de crescimento da economia em 2009.

De acordo com a pesquisa, os analistas acreditam que o Produto Interno Bruto (PIB) do país irá crescer 3,73% no próximo ano e não 3,90% com estimado até semana passada.

Para 2008, a estimativa continua sendo de uma expansão de 4,80% da economia do país.

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