A expectativa do mercado quanto à retração do PIB em 2015 piorou novamente. Há duas semanas, mantinha-se a expectativa de queda de 0,58% no PIB. Agora, o centro das apostas do mercado é de 0,66%. A avaliação é de economistas e instituições financeiras ouvidas como parte da pesquisa Focus do Banco Central.

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O pessimismo também aumentou para 2016. A aposta de crescimento ao redor de 1,50% para o ano que vem, que se mantinha desde o final de janeiro, foi revisada para 1,40%.

Inflação

A expectativa do mercado para a inflação em 2015 também piorou. Agora, o centro das apostas é de que o IPCA, a inflação oficial, chegará a 7,77% em 2015, a pior alta em 12 anos. Na semana anterior, esperava-se inflação de 7,47%.

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Para 2016, a expectativa também ficou levemente pior, e foi para 5,51% de inflação –há uma semana esperava-se 5,50% de inflação.

A taxa de câmbio deve fechar o ano em R$ 2,95, segundo a pesquisa –na semana passada, esperava-se que fechasse a R$ 2,91. A expectativa é, portanto que o ritmo de aumento da moeda, que vem batendo a casa dos R$ 3,00, diminua. Para 2016, a expectativa para o dólar se mantém em R$ 3,00.

Selic

Economistas de instituições financeiras deixaram inalterada sua perspectiva para a Selic ao final deste ano, após o Banco Central manter o ritmo de aperto monetário e deixar em aberto os próximos passos, em meio à contínua piora do cenário de inflação e econômico.

Segundo a pesquisa Focus do BC publicada nesta segunda-feira (9), o mercado continua vendo a taxa básica de juros a 13% ao final de 2015, após mais uma alta de 0,25 ponto percentual na reunião de abril.

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Na semana passada, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC elevou a Selic em 0,50 ponto percentual, para 12,75% ao ano, em decisão unânime, mas não deu indicações sobre os próximos passos em um curto comunicado. Assim, as atenções se voltam agora para a divulgação da ata dessa reunião, na quinta-feira (13). Para 2016, a mediana das projeções ainda indica que a Selic encerrará a 11,50%.