Atualizado em 02/01/2007 às 20h03
Analistas e economistas consultados pelo Banco Central reduziram levemente, mais uma vez, a estimativa para o crescimento brasileiro em 2006. O ano passado, que começou com o governo prevendo alta do Produto Interno Bruto (PIB) entre 4% e 5%, deve ter crescido apenas 2,74%, segundo o levantamento semanal do BC, divulgado nesta terça-feira. O prognóstico anterior era de 2,76%.
As estimativas para a inflação pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) foram mantidas em 3,11% em 2006, bem abaixo do centro da meta estabelecida pelo governo para o ano, de 4,5%.
Para o crescimento do PIB de 2007, a estimativa dos analistas é de uma taxa de expansão de 3,5%, abaixo dos 3,80% projetados pelo BC, do 5% prometidos pelo presidente Lula na eleição e dos 4,75% estimados pelo governo federal no Orçamento. A Confederação Nacional da Indústria (CNI) estima o crescimento do PIB de 2007 em 3,4%.
O mercado estima que a taxa básica de juros da economia brasileira, a Selic, fechará 2007 em 11,75% ao ano, tendo por base uma estimativa de 4% para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que baliza o sistema de metas de inflação do governo federal.
Pelo sistema de metas adotado, o IPCA pode ficar entre 2,50% e 6,50% em 2007 sem que a meta seja formalmente descumprida.
Para janeiro, a projeção de corte na Selic foi mantida em 0,25 ponto percentual, para 13% ao ano. Atualmente, os juros estão em 13,25% ao ano.
Sobre a balança comercial brasileira, a projeção do mercado financeiro é de um superávit de R$ 38 bilhões para o ano de 2007. O Banco Central, por sua vez, tem a expectativa de que o superávit da balança comercial encerre 2007 com um resultado positivo de US$ 35 bilhões.