A montadora Mercedes-Benz confirmou nesta quarta-feira (19) que deve iniciar a partir de 1º de setembro um processo de demissões nas suas fábricas no ABC Paulista, conforme o sindicato dos metalúrgicos já tinha antecipado. Segundo a companhia, o Plano de Proteção ao Emprego (PPE), criado recentemente pelo governo federal é, “insuficiente”.
“A Mercedes-Benz do Brasil discutiu intensamente com o Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo do Campo nos últimos dois dias, buscando formas de solução que viabilizassem a adoção do PPE e de outras medidas para evitar demissões na fábrica”, diz a empresa em nota enviada ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado.
“O sindicato não concordou com a proposta da empresa e adiantou que, em razão da decisão da assembleia realizada no último sábado, a mesma não será apresentada aos colaboradores. Diante desse impasse e na ausência de qualquer outra alternativa, a empresa oficializará as demissões na unidade do ABC paulista”, escreve a direção da montadora.
Caixa e BB vão socorrer cadeia produtiva
O governo orientou os bancos públicos a socorrer as empresas da cadeia produtiva de diversos setores liberando financiamentos com juros mais baixos e prazos de amortização mais longos. A estratégia foi revelada nesta terça-feira (18) pela presidente da Caixa Econômica Federal, Miriam Belchior, ao assinar o acordo de empréstimos com “condições especiais.
Leia a matéria completaA empresa diz que, desde 2014, vem gerenciando o excesso de funcionários, que tem um custo elevado, e que a ociosidade atual é de quase 50%. Além disso, a Mercedes-Benz cita as expectativas negativas para o mercado automotivo em função do quadro de recessão econômica.
A expectativa do sindicato era que a empresa aderisse ao PPE para evitar demissões. O plano do governo federal estabelece em até 30% a redução da jornada de trabalho e dos salários, sendo que o trabalhador recebe 15% de compensação da diferença de renda com recursos provenientes do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT).
A proposta levada aos trabalhadores por parte da montadora era de diminuição da jornada de trabalho em 20%, com redução salarial de 10%, além da reduzir os reajustes salariais pelo INPC e congelar a evolução salarial para o ano que vem.
Ainda de acordo com o sindicato, a companhia alega ter quase 2 mil funcionários em excesso, muitos dos quais estão em licença remunerada e deveriam voltar ao trabalho na próxima semana. “Se a empresa concretizar as demissões anunciadas, vamos imediatamente iniciar um processo de luta”, afirma Sérgio Nobre, diretor do sindicato dos metalúrgicos do ABC, em nota.
Congresso mantém queda de braço com STF e ameaça pacote do governo
Deputados contestam Lewandowski e lançam frente pela liberdade de expressão
Marcel van Hattem desafia: Polícia Federal não o prendeu por falta de coragem? Assista ao Sem Rodeios
Moraes proíbe entrega de dados de prontuários de aborto ao Cremesp
Reforma tributária promete simplificar impostos, mas Congresso tem nós a desatar
Índia cresce mais que a China: será a nova locomotiva do mundo?
Lula quer resgatar velha Petrobras para tocar projetos de interesse do governo
O que esperar do futuro da Petrobras nas mãos da nova presidente; ouça o podcast