Os países do Mercosul assinaram nesta segunda-feira (02) um acordo de livre comércio com o Egito, que abrirá um mercado de 76 milhões de consumidores para produtos primários e industrializados do bloco sul-americano.A maior parte das exportações do Mercosul para oEgito entrará imediatamente no país árabe livre de alíquotas de importação, informou a ministra argentina de Indústria e Comércio, Débora Giorgi, na província andina de San Juan, onde o bloco realiza, na terça-feira, sua reunião semestral de cúpula.
O Mercosul (formado por Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai) é um importante produtor agrícola, mas também tem uma forte indústria de automóveis e autopeças.
"Abrem-se novas oportunidades em produtos que agora não vendemos (ao Egito), tais como veículos, autopeças, medicamentos, produtos de papel, frango e frutas, entre outros," declarou Giorgi.
O Egito, país estritamente importador, registrou em 2008 um déficit comercial de 23,471 bilhões de dólares, de acordo com dados divulgados pelo Ministério de Indústria da Argentina.
O ministro egípcio de Indústria e Comércio, Rachid Mohamed Rachid, participou das negociações do acordo de livre comércio e viajará a San Juan para a cúpula do Mercosul.
O pacto comercial estabelece a eliminação das alíquotas diferenciando quatro grupos de produtos, segundo o prazo de desoneração.
No primeiro grupo, que engloba carnes, manteiga, trigo, milho, óleos e válvulas, a eliminação dos impostos de importação será imediata. No segundo grupo, que inclui leite e bens industriais, levará quatro anos. Os demais grupos terão liberação dentro de oito e dez anos, respectivamente.