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Seis presidentes sul-americanos se encontraram nesta terça-feira na província andina de San Juan, na Argentina, durante a cúpula do Mercosul, onde fecharam acordos de criação de mecanismos para impulsionar o comércio, além de clamar um papel mais relevante para a região no cenário global.

Os países integrantes do bloco aprovaram o Código Aduaneiro Comum, com o qual eliminaram a bitributação da Tarifa Externa Comum a partir de 1. º de janeiro de 2012, e assinaram um acordo de livre comércio com o Egito.

"Tudo isso permitirá que esta região, a América do Sul, cumpra no século XXI um papel mais importante na política internacional, onde já se veem como novos atores, novos protagonistas", disse a presidente argentina, Cristina Fernández Kirchner, durante a inauguração da cúpula.

Participaram também do encontro os chefes de Estado de Brasil, Uruguai e Paraguai, membros do bloco, além dos presidente do Chile e da Bolívia, países associados.

Até esta terça-feira, a Argentina exerceu a presidência semestral do Mercosul, e passou a coordenação do bloco ao Brasil, no último semestre de governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Lula afirmou que, durante o semestre em que irá exercer a presidência do Mercosul, se esforçará para concluir uma demorada negociação com a União Europeia com a qual se espera criar uma área de livre comércio entre os dois blocos.

Lula defendeu mais uma vez o diálogo com o Irã e reafirmou ser contrário às sanções da ONU impostas àquele país, tema considerado sensível para a Argentina, que acusa funcionários iranianos de estarem vinculados a um atentado que destruiu um centro judaico em Buenos Aires em 1994.

O chanceler venezuelano, Nicolás Maduro, que participou da reunião representando o presidente Hugo Chávez, pediu que o Congresso paraguaio aprove a entrada do seu país no bloco como membro pleno, até agora único obstáculo para sua inclusão no Mercosul.

Após as negociações contra o relógio, ministros e funcionários técnicos de Argentina, Brasil, Uruguai e Paraguai fecharam um acordo para, finalmente, aprovar o Código Aduaneiro Comum, que busca harmonizar as regras do comércio na região.

Divergência entre Uruguai e o resto dos membros do bloco sobre impostos às exportações, tema tratado em um dos artigos do código, prolongaram as discussões até o último minuto.

"Todos fizemos um grande esforço para aprovar o código ainda nesta sessão", disse a presidente argentina.

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