A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, precisará do apoio de partidos da oposição para aprovar o pacto fiscal que estabelece regras orçamentárias mais duras, uma situação que resultará em mais pressão para que ela concorde com medidas de estímulo de crescimento para países em dificuldade da zona do euro.
A porta-voz do escritório de Merkel e o Ministério das Finanças confirmaram uma reportagem de um jornal, segundo a qual a chanceler precisa assegurar uma maioria de dois terços nas Câmaras Alta e Baixa do Parlamento da Alemanha para a aprovação do pacto fiscal europeu.
"A oposição e a Câmara Alta do Parlamento foram incluídas nessa consideração em um estágio inicial", disse uma porta-voz para o escritório de Merkel. "O pacto fiscal será apresentado ao gabinete em breve a fim de dar ao Parlamento tempo suficiente para consultas."
Merkel dependerá do apoio dos partidos de oposição, porque não tem uma maioria de dois terços em ambas das Câmaras. Os dois principais partidos de oposição, o Social Democratas e os Verdes apoiaram Merkel sobre leis relacionais a crise financeira e do euro no passado, mas estabeleceram condições para sua aprovação do pacto fiscal, como a aprovação de medidas de estímulo na Europa.
O governo acredita que a introdução de um limite de dívida em quase todos os países que fazem parte da União Europeia, excluindo o Reino Unido e a República Tcheca, que permite que os países processem uma nação, significa que a Alemanha perderá os direitos soberanos na Europa. Na sexta-feira, 25 dos 27 líderes da União Europeia assinaram o pacto fiscal, em Bruxelas.
Merkel fez um lobby pesado para o estabelecimento de um limite sobre o nível da dívida da União Europeia após a Alemanha consagrar um limite de dívida pública na sua constituição que exige que o governo federal não faça praticamente nenhuma dívida nova a partir de 2016. Mas ela enfrentou forte resistência do Reino Unido e da República Checa.
A Alemanha tem sido criticada por alguns países da União Europeia por insistir muito sobre austeridade e se comprometer muito pouco com os incentivos ao crescimento que poderiam ajudar os países com déficits orçamentários crescentes e uma recessão parcialmente causada pelas medidas de austeridade a voltarem a crescer, como a Grécia, Portugal e Espanha. Os partidos de oposição da Alemanha partilham dessa visão. As informações são da Dow Jones.
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