A Associação Brasileira de Agências de Publicidade (Abap) no Paraná conta atualmente com seis empresas associadas no estado. Ciro Cesar Zadra, da CCZ, que acaba de ser reeleito presidente da entidade para o terceiro mandato consecutivo, diz que o número é muito pequeno. Segundo ele, a meta nos próximos dois anos de trabalho é de, no mínimo, duplicar o quadro de associados.
Para alcançar esse objetivo, Zadra terá de concentrar esforços em mostrar para o mercado a vantagem de fazer parte da Abap: ter acesso a informações e discussões que ajudam no desenvolvimento dos negócios das agências.
Lutas
O trabalho de Zadra nesse mandato deverá ter características diferentes daquelas dos períodos anteriores. Ele lembra que quando assumiu a Abap no Paraná pela primeira vez, em 2008, se deparou com algumas "lutas" que se estenderam por um bom tempo.
Uma delas foi a colaboração para a elaboração da Lei 12.232, de 2012, que estabelece critérios para os processos de licitação pública que visam a contratação de agências de publicidade. "Atuamos até a redação do texto final dessa lei que dá transparência e credibilidade ao processo", afirma o publicitário.
Outra boa parte do tempo foi dedicada a evitar que o então governador Roberto Requião contratasse agências de publicidade por pregão, ou seja, só levando em consideração o menor preço. A Abap no Paraná conseguiu evitar a realização de quatro desses pregões.
Qualidade
Para Zadra, a contratação de agências com base em critérios legais é fundamental para a valorização do trabalho desses profissionais. Para ele, a qualidade das empresas instaladas no Paraná pode ser comparada a das agências dos grandes centros.
"Somos mais versáteis e velozes, além de empreendedores e criativos", diz. Por isso, completa, não há razão para algumas empresas ainda preferirem contratar agências de fora. Ainda assim, Zadra ressalta que ele não defende a reserva de mercado, que considera uma "atitude caipira, provinciana".