Crédito deve continuar restrito para as famílias, mesmo com corte na taxa básica de juros.| Foto: Antonio More/Arquivo/Gazeta do Povo
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Mesmo com o corte de 0,5 ponto porcentual na taxa básica de juros, anunciado nesta quarta-feira (2) pelo Banco Central, as condições de crédito tendem a continuar apertadas no Brasil. Segundo o banco MUFG Brasil, as razões são o alto endividamento das famílias e as elevadas taxas de inadimplência.

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Dados do Banco Central mostram que a taxa média de juros cobrada das pessoas físicas estava, em junho, em 3,94% ao mês. Desde janeiro que ela é superior a 3,8% ao mês.

A inadimplência teve uma pequena queda em junho, atingindo 4,2% da carteira, mas ainda assim é o segundo patamar mais elevado desde fevereiro de 2016. E o endividamento das famílias com o Sistema Financeiro Nacional (SFN), em maio, era de 48,82% da renda acumulada nos últimos 12 meses.

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“Nesse ambiente, o crédito tende a se manter seletivo com altas taxas de empréstimo [juros] e menor concessão de crédito, uma vez que os bancos avaliam o alto risco em seus empréstimos para famílias e empresas. Por outro lado, podemos observar um aumento gradual na participação do BNDES, que fornece crédito subsidiado”, dizem os economistas do banco, em relatório.

Eles também consideram que uma redução mais significativa das taxas de juros e um crescimento mais generalizado do crédito poderão ser observados a partir do próximo ano.

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