Bovespa sobe mais 2,7%
Em sua nona semana de alta, a Bovespa acumula valorização de 36,87% no ano. Nesta semana, a valorização da bolsa ficou em 8,68%, o que a levou para 51.395 pontos. A apreciação de ontem foi de 2,67%. A continuidade na entrada de capital externo no pregão neste começo de mês tem alimentado a recuperação das ações brasileiras. O movimento já havia sido sentido em abril.
Para o estrangeiro, poucos mercados no mundo têm se mostrado tão atraentes quanto o brasileiro em 2009. Em dólares, a Bolsa de Valores de São Paulo registra valorização acumulada de 54,15% no ano. Após os R$ 3,78 bilhões líquidos em capital externo que desembarcaram na bolsa local em abril melhor resultado em 12 meses , outros R$ 2,9 bilhões já vieram para o pregão doméstico neste mês, até o dia 6. "Os investidores estrangeiros têm se destacado nas últimas semanas e ajudado a bolsa a subir, afirma Maurício Gallego, chefe da mesa de pessoa física da Link Investimentos.
Na semana, as altas prevaleceram entre os papéis do índice Ibovespa que agrupa as 65 ações brasileiras de maior liquidez. Foram 58 valorizações e apenas 7 baixas no período. E as quedas sofridas não foram tão intensas. A ação da TAM que apresentou lucro líquido de R$ 54,4 milhões no trimestre foi a que mais subiu na semana, com ganhos de 35,27%. Em seguida apareceram Aracruz e VCP, que têm atraído os investidores nas últimas semanas em meio a expectativas de recuperação nos preços e na demanda internacional por celulose. A ação preferencial "B da Aracruz saltou 32,07% na semana, seguida por VCP PN, que subiu 27,56%.
São Paulo - As novas intervenções do Banco Central no mercado de câmbio não detiveram a depreciação do dólar, que recuou 5,18% na semana, para terminar vendido a R$ 2,068 menor valor desde 3 de outubro de 2008. Apenas ontem a queda foi de 2,04%.
O BC foi ao mercado para comprar dólares diretamente das instituições financeiras, uma ação que não tomava desde setembro do ano passado, quando a crise internacional se agravou e passou a pressionar de forma mais intensa a cotação da moeda. Operadores do mercado estimaram que o montante da intervenção ficou entre US$ 250 milhões US$ 300 milhões. Na terça-feira, a autoridade monetária já havia estreado sua nova forma de atuação, que tende a amortecer a depreciação do dólar. Naquele dia, realizou leilão de títulos que girou cerca de US$ 3,7 bilhões.
No ano, a baixa da moeda americana alcança os 11,40%. Para analistas, se a entrada de recursos externos no país se mantiver em ritmo forte, não há limites para o aprofundamento dessa desvalorização.
Explicação
O BC afirmou que não tem por objetivo deter a depreciação do dólar. Segundo a instituição, a atuação ocorreu na tentativa de aproveitar o fluxo positivo para retomar a política de recomposição de reservas internacionais do país. Em outras palavras, o BC estaria aproveitando para elevar sua poupança em dólares, relevante nos momentos de crise. "Não acho que o BC trabalhe com um piso para a cotação, mas ele tem deixado claro que não quer que a moeda caia tanto nem tão rapidamente. O BC está tentando evitar que a depreciação da moeda seja muito intensa, o que poderia se tornar um problema mais à frente", afirma Alex Agostini, economista-chefe da Austin Rating.
Mesmo com a forte queda recente, o dólar ainda está bastante distante das cotações mínimas registradas em 2008. Em agosto do ano passado, a moeda havia descido até R$ 1,559. Na outra ponta, a cotação alcançou R$ 2,536 em dezembro passado, no auge da turbulência financeira.
"Há menos de um ano o dólar rondava patamares muito mais baixos que os atuais, diz Maristela Ansanelli, economista-chefe do banco Fibra. "Mais do que a simples cotação, o BC deve estar vendo um fluxo de recursos muito expressivo ao país. Assim, suas novas atuações devem visar equilibrar um pouco os fluxos e os ânimos do mercado. Temos de lembrar que a crise não acabou."
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