A meta de geração de 3 milhões de novos empregos em 2011 não será cumprida, segundo informou nesta sexta-feira o ministro do Trabalho, Carlos Lupi. Ele afirmou que já está revisando para baixo a estimativa feita no começo do ano. "A tendência é que esse ano não seja tão bom quanto a gente esperava. Vai ficar um pouco menos de 3 milhões. Estamos fazendo os cálculos e vamos divulgar na semana que vem", afirmou ele sem detalhar qual seria a nova projeção. Lupi explicou que a geração mensal de vagas está num ritmo menor agora por conta de uma desaceleração da economia e da forte entrada de produtos importados, que está prejudicando as contratações na indústria. Lupi acrescentou ainda que os números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) de agosto mostrarão uma geração de aproximadamente 200 mil novos postos de trabalho. O ministro destacou que o resultado é pior do que os cerca de 250 mil gerados um ano antes, porém melhor do que o observado em julho, que foi de 140.563. "Estamos tendo um agosto melhor do que julho porque já começam algumas contratações mirando o final do ano, como nas indústrias de gênero alimentícios, construção civil e comércio. Mais ainda não temos o ritmo do ano passado". acrescentou ele. O ministro defendeu ainda a continuidade da queda na taxa básica de juros do país como forma de estimular o investimento e novas contratações. "Acho que isso seria importante para ajudar a aquecer a economia... Seria uma demonstração clara, apostando no consumo interno, e uma proteção da indústria nacional. Tenho certeza que os juros vão continuar caindo", afirmou ele ao participar de um evento no Rio de Janeiro. Na semana passada, o Comitê de Política Monetária (Copom) surpreendeu ao reduzir a Selic em 0,50 ponto percentual, para 12 por cento ao ano. A direção da autoridade monetária, explicitada na ata da reunião divulgada nesta quinta-feira, é de que novos cortes virão.
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