Cianorte – A metade das 30 mil pessoas que formam a população economicamente ativa de Cianorte vive em torno do vestuário. Os números atualizados pela Secretaria Municipal da Indústria e Comércio revelam que 15 mil trabalhadores estão empregados no setor. Caso se leve em conta os empregos indiretos, o número é ainda maior. E, ao contrário de muitas empresas que não empregam parentes, em Cianorte há fábricas de roupas que abrem espaços para toda a família do operário e outras que vêem as famílias começarem a se formar entre as máquinas de costura.

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É o caso de Anderson Aparecido Brambila e Elenice Maria da Silva. Eles ficaram noivos na fábrica Morena Rosa, onde trabalham, e pretendem se casar nos próximos dias. O irmão de Anderson, Adriano Brambila, comanda o almoxarifado da mesma empresa e é casado com Rosana Domingos da Silva, que também é funcionária da Morena Rosa. Sem revelar os salários, os dois casais dizem que estão satisfeitos com a renda e pretendem continuar nas confecções por muito tempo.

Parte das famílias está nas grandes empresas, mas muitos operários trabalham em casa. Levantamentos da prefeitura mostram que a cidade tem 350 fábricas formais de roupas e pelo menos outras 1,5 mil informais, funcionando principalmente em fundo de quintal. As fábricas da cidade produzem em torno de 500 grifes e algumas ainda costuram para grifes como Forum, Zoomp e Ellus.

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"Não consigo imaginar Cianorte sem o vestuário", comenta o prefeito Edno Guimarães que, em 1990, na sua primeira gestão, ajudou a criar a Exposição do Vestuário (Expovest). No começo eram cerca de 100 barracas cobertas com plástico, em instalações provisórias. Depois de pouco tempo, o evento ganhou um parque próprio e, atualmente, a mostra é realizada nas próprias lojas da cidade. O empresário Wilson Peres Pedrão, chefe da Divisão do Vestuário na prefeitura e presidente da Expovest, afirma que a feira é o principal momento para divulgar a produção de roupas de Cianorte.