Em dez dias de greve, quase metade dos trabalhadores dos Correios no Paraná, que estavam parados, retornaram ao trabalho. A informação foi divulgada pela empresa nesta sexta-feira (23). O Sindicato dos Trabalhadores dos Correios do Paraná (Sintcom-PR) contesta a informação e diz que a adesão permanece a mesma desde o início do movimento. A greve da categoria começou no dia 14 de setembro.

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Segundo dados dos Correios, no Paraná 32% aderiram ao movimento grevista no início das paralisações. Nesta sexta-feira, entretanto, em balanço feito pelo órgão, a quantidade de funcionários que ainda aderiam ao movimento teria caído para 18%. De acordo o órgão, o serviço no Paraná conta com 82% dos funcionários estariam em atividade normal e 65% da carga de correspondências permaneciam no prazo para serem entregues.

O Sintcom rebateu a informação e disse que, no Estado, 70% dos funcionários dos Correios na área operacional permanecem com atividades paralisadas desde o início do movimento. Ainda segundo o Sindicato, os números divulgados pelos Correios seriam uma tentativa de enfraquecer e ocultar o movimento grevista. O Sindicato garante, entretanto, que 30% dos funcionários permanecem em atividade, para não paralisar todos os serviços.

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Dia de manifestação

No décimo dia de greve, os servidores dos Correios realizaram um ato no Centro de Curitiba para protestar contra os descontos feitos nos salários dos funcionários, devido à paralisação da categoria. A manifestação começo às 15h, com concentração na Praça Santos Andrade.

Neste horário, o grupo de manifestantes saiu em direção à Boca Maldita, na Rua XV de Novembro. No local, os funcionários dos Correios realizaram o enterro simbólico da presidente Dilma Rousseff e do ministro das Comunicações Paulo Bernardo. Segundo o Sintcom-PR, 400 pessoas participaram do ato.

Proposta rejeitada

Os Correios rejeitaram nesta sexta-feira a contraproposta da Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Similares (Fentect) para o reajuste salarial. Segundo o vice-presidente de gestão de pessoas dos Correios, Larry Almeida, a proposta é inviável e colocaria em risco a sustentabilidade dos Correios.

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A Fentect pede, entre outras reivindicações, aumento de 7,16%, como reposição da inflação, além de 24,76% de reposição de perdas salariais do período de 1994 a 2010. Segundo Almeida, a proposta representaria um aumento de 70% no custo anual da folha de pagamento dos Correios. Em valores absolutos, a alta seria de R$ 4,3 bilhões. Os gastos sem o aumento são de R$ 6 bilhões.