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Os cerca de 11 mil metalúrgicos das montadoras de Curitiba e região metropolitana podem entrar em greve nesta terça-feira. Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba (SMC), o Sinfavea – que representa as montadoras – propôs nesta segunda-feira aumento salarial de 7,44% em janeiro de 2008 mais R$ 1,5 mil de abono a ser pago em 5 de outubro. Desta forma, o piso da categoria passaria dos atuais R$ 1.087 para R$ 1.168 no ano que vem. A proposta é inferior à reivindicada pelos trabalhadores, de 8,5% de aumento em setembro e R$ 800 de abono a serem pagos em 5 de outubro. Outra opção seriam os mesmos 8,5% para janeiro, com R$ 2 mil de abono para 5 de outubro. A data-base da categoria é 1.º de setembro.

Nesta manhã de terça-feira, o SMC faz assembléia com os trabalhadores das montadoras Volkswagen e Renault-Nissan, às 5h30, e Volvo, às 7h30, para tomar uma decisão. Uma paralisação por tempo indeterminado não está descartada. "Queremos que os patrões apresentem avanços para os trabalhadores, de acordo com a produção e lucros que estão tendo", comenta o presidente do SMC, Sérgio Butka. Segundo a Associação Nacional de Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), de janeiro a agosto deste ano foram vendidos 1,53 milhões de automóveis, 27,3% a mais que no ano passado. Na quinta-feira passada, os metalúrgicos protestaram com uma paralisação de uma hora nas três montadoras. Na sexta, houve outra interrupção na produção por mais uma hora na Renault/Nissan e na Volkswagen. Estima-se que, nos dois dias, a Volks tenha deixado de produzir 100 carros, a Renault, 80, e a Volvo, 4 caminhões e 1 ônibus.

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