Metalúrgicos da Bosch intensificam protestos por aumento salarial

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Metalúrgicos da empresa Bosch, em Curitiba, paralisaram por uma hora seus serviços na manhã desta segunda-feira (26). O ato faz parte da intensificação dos protestos iniciados há onze dias que buscam aumentar os valores salariais de 2012 e acabar com o tratamento diferenciado que flexibiliza o salário do chão de fábrica.

Outra paralisação, também de uma hora, esteve programada para acontecer às 15 horas, de acordo com informações da assessoria de imprensa do sindicato. Metalúrgicos que trabalham no turno da noite também devem parar seus serviços pelo mesmo período de tempo.

Em nota, a assessoria de imprensa do sindicato informou que, além de reivindicar reajuste salarial compatível com a classe, os metalúrgicos também pretendem receber mais benefícios. Desde que o sindicato foi autorizado pelos metalúrgicos a negociar com a empresa – no dia 1º de novembro – não houve muitos avanços nas propostas de negociação, conforme nota da assessoria de imprensa do SMC.

Entre as reivindicações dos trabalhadores estão a correção nos salários (3% de aumento real + reposição da inflação) e abono de no mínimo R$ 3,5 mil + reajuste salarial.

Bosch

A Bosch informou, por meio da sua assessoria de imprensa, que apresentou ainda nesta segunda-feira uma contraproposta para o Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos da Grande Curitiba e que, "mediante a não apresentação das propostas da empresa em assembleias pelo Sindicato, a Bosch está avaliando os próximos passos a serem dados sobre este tema".

Entre as ofertas feitas pela empresa estão um reajuste de 7,5% referente ao INPC e aumento real, além de abono salarial no valor de R$ 3.500,00 e da antecipação da Participação nos Lucros e Resultados de 2013 – com um aumento de 7,5% em relação ao valor pago em 2012 para o cumprimento de 100% das metas.

Outra proposta apresentada prevê a flexibilização na jornada de trabalho com a introdução de até 12 dias úteis de licença não remunerada, com desconto máximo de um dia por mês. A reivindicação do sindicato era de dez dias.

A Gazeta do Povo tentou não conseguiu contato com o Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos da Grande Curitiba para confirmar a contraproposta.