Os funcionários do setor administrativo da Bosch aceitaram a proposta da empresa e encerraram a greve na manhã desta terça-feira (21). Os metalúrgicos rejeitaram a oferta e seguem em greve. A mesma proposta foi apresentada para os dois setores na segunda-feira (20) e as assembleias ocorreram na porta da fábrica, no bairro Cidade Industrial, em Curitiba, nesta manhã.
A Bosch ofereceu Participação nos Lucros e Resultados (PLR) no valor de R$ 6 mil para cumprimento de 100% da metas. A primeira parcela seria de R$ 5,2 mil e o pagamento ocorreria em julho.
Os metalúrgicos reivindicam PLR de R$ 9 mil, com a primeira parcela de R$ 5 mil. A paralisação teve início na última sexta-feira (17). A empresa ofereceu ainda PLR de R$ 7 mil se fosse atingido o patamar de 115% das metas. De acordo com o sindicato, essa proposta não foi votada porque a meta foi considerada inatingível.
Trabalho
Aproximadamente mil funcionários do setor administrativo voltaram ao trabalho já nesta manhã. Os 3,6 mil metalúrgicos aguardam uma nova proposta da empresa.
Se a Bosch fizer nova oferta nesta terça-feira, haverá assembleia na quarta-feira (22), às 6 horas. Caso não haja nova proposta, uma assembleia já foi marcada para a próxima segunda-feira (27).
Proposta
A Bosch divulgou nota oficial na tarde de segunda-feira sobre a proposta de PLR de R$ 6 mil. A oferta foi considera atípica pela empresa porque representa aumento de 50% sobre o ano anterior. "Ao pretender se aproximar o máximo possível das expectativas dos colaboradores, esse valor já está acima do ideal para a competitividade e perenidade dos negócios", afirmava a nota.
A empresa informou ainda que a fábrica de Curitiba é pressionada pela valorização do real frente ao dólar e também pelo aumento do preço das matérias-primas. A fábrica da Bosch produz bombas injetoras para sistemas a diesel.
Votação
De acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba, foi feita uma votação com todos os funcionários metalúrgicos e setor administrativo e a maioria decidiu pela continuidade da greve. A entidade representativa dos trabalhadores afirmou que os funcionários que votaram pelo fim da paralisação nessa assembleia eram do setor administrativo e entraram para trabalhar no início da manhã.
A seguir, foi feita uma nova votação reunindo somente os metalúrgicos. A continuidade da greve foi decidida - por unanimidade - por essa categoria, segundo o sindicato.
A Bosch, por meio de nota oficial, informou que a proposta "foi aprovada por aclamação pela maioria dos trabalhadores presentes". De acordo com a empresa, "o sindicato orientou os que votaram a favor a entrarem para trabalhar, anunciou a continuidade da greve com a minoria que votou contra a proposta e agendou uma nova assembleia para amanhã (quarta-feira)".
A nota oficial destacava ainda que a Bosch irá adotar medidas legais para que se cumpra aquilo que segundo a empresa foi a decisão da maioria dos trabalhadores.
Julgamento do Marco Civil da Internet e PL da IA colocam inovação em tecnologia em risco
Militares acusados de suposto golpe se movem no STF para tentar escapar de Moraes e da PF
Uma inelegibilidade bastante desproporcional
Quando a nostalgia vence a lacração: a volta do “pele-vermelha” à liga do futebol americano
Reforma tributária promete simplificar impostos, mas Congresso tem nós a desatar
Índia cresce mais que a China: será a nova locomotiva do mundo?
Lula quer resgatar velha Petrobras para tocar projetos de interesse do governo
O que esperar do futuro da Petrobras nas mãos da nova presidente; ouça o podcast