Após encerrarem a greve por tempo indeterminado na manhã desta terça-feira (18), os metalúrgicos da fábrica da Bosch, na Cidade Industrial, em Curitiba, decidiram retomar o movimento na assembleia realizada na tarde desta terça (18). Aproximadamente 3,4 mil metalúrgicos do primeiro e do segundo turno participaram da nova votação e rejeitaram a proposta de Participação nos Lucros e Resultados (PLR) apresentada pela empresa.
De acordo com assessoria de imprensa do Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba (SMC), a votação foi secreta, porque alguns metalúrgicos alegaram que se sentiram intimidados pela presença de representantes da empresa na assembleia da manhã e acabaram se posicionando a favor da proposta por medo de alguma retaliação.
Caso
A empresa manteve o valor mínimo da PLR em R$ 4 mil e o máximo em R$ 5 mil, mas aumentou o valor da primeira parcela de R$ 2,7 mil para R$ 3,1 mil, que deveria acontecer no dia 29 de maio. Uma nova assembleia está marcada para a manhã desta quarta-feira (19).
Na manhã de segunda-feira (17), os trabalhadores tinham iniciado uma paralisação de 24 horas, porque não havia acordo com a empresa. À tarde, a paralisação se transformou em greve por tempo indeterminado. Como houve melhora da proposta, na manhã desta terça-feira (18), os colaboradores do primeiro turno aceitaram a proposta e encerraram a greve, mas optaram por realizar uma assembleia à tarde que decidiu retomar a greve. Volvo
Os trabalhadores do primeiro turno da Volvo não aceitaram a nova proposta da empresa e decidiram entrar em greve. Os metalúrgicos do segundo turno apoiaram a decisão de paralisação. No primeiro turno são 2,8 mil funcionários e no segundo turno são 400 colaboradores.
A Volvo ofereceu R$ 8 mil de PLR, mas os metalúrgicos reivindicam PLR de R$ 10 mil e o pagamento da primeira parcela com valor similar ao de outras montadoras em 28 de maio. Além disso, os trabalhadores pedem a extinção da avaliação individual e a utilização somente dos blocos I e II para avaliação e pagamento da PLR em 2010.Os metalúrgicos se reúnem novamente na quarta-feira (19), às 7h30.
Renault
Não houve nova proposta e os trabalhadores da fábrica da Renault, em São José dos Pinhais, na região metropolitana de Curitiba, seguem em greve por tempo indeterminado, de acordo com o sindicato.
Quatro mil funcionários suspenderam as atividades na sexta-feira porque não houve acordo com relação aos valores da PLR. A Renault ofereceu PLR no valor de R$ 7,5 mil, com pagamento mínimo de R$ 6,2 mil. O pagamento seria feito em duas parcelas e a primeira seria de R$ 4.750.
Os colaboradores reivindicam PLR no valor de R$ 9 mil e querem que a primeira parcela tenha um valor superior.
Outras empresas
As assembleias da Volkswagen e da New Holland não ocorreram nesta terça-feira (18) por causa da chuva.
Os trabalhadores do primeiro e terceiro turnos da Volkswagen vão se reunir na manhã desta quarta-feira (19), às 5 horas. A reivindicação é de que a proposta seja a mesma apresentada aos trabalhadores de São Paulo, com R$ 4,3 mil para a primeira parcela da PLR.
Já a assembleia da New Holland deve ocorrer na manhã de quarta-feira (19), às 7 horas. Os colaboradores rejeitaram a proposta da empresa de PLR de R$ 3,8 mil, com adiantamento de R$ 1,9 mil. O pedido é de que o valor seja no mínimo 80% do que for fechado nas montadoras instaladas no Paraná.
Os metalúrgicos da Brafer Construções Metálicas, que tem fábrica em Araucária, na região metropolitana de Curitiba, também estão em greve. Em assembleia na manhã desta terça-feira (18), eles rejeitaram a proposta de PLR no valor de R$ 2 mil apresentada pela empresa. Uma nova assembleia está marcada para a quarta-feira (19), às 7 horas.
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