Os metalúrgicos da Brafer Construções Metálicas, com fábrica em Araucária, na região metropolitana de Curitiba, rejeitaram a quinta proposta feita empresa sobre a Participação nos Lucros e Resultados (PLR) e continuam em greve por tempo indeterminado. A proposta foi recusada na assembleia que ocorreu na manhã desta quinta-feira (20).
A empresa ofereceu PLR no valor total de R$ 2,8 mil. A primeira parcela seria de R$ 1,8 mil e o pagamento ocorreria em 1.º de junho. Os trabalhadores reivindicam PLR de R$ 3 mil, segundo o Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba (SMC).
De acordo com o sindicato, outro motivo para não ter ocorrido acordo diz respeito ao desconto dos dias parados. A proposta da Brafer seria desconto de 50% nos dias parados e os metalúrgicos querem que não haja desconto. Os colaboradores da Brafer entraram em greve na segunda-feira (17).
Uma nova assembleia foi marcada para a manhã de sexta-feira (21), na porta da fábrica, às 7 horas.
A reportagem tenta contato com assessoria de imprensa da Bafer, mas não tinha conseguido até as 12h30.
Outras empresas
Os metalúrgicos da Bosch continuam em greve e fazem nova assembleia na tarde desta quinta-feira (20). Os trabalhadores haviam encerrado a greve na manhã da terça-feira (18), mas decidiram retomar o movimento na assembleia realizada na tarde da terça (18).
A assessoria de imprensa da Bosch informou que melhorou a proposta da PLR e aguardava o resultado da assembleia da tarde desta quinta-feira (20).
A novidade da proposta da Bosch é de que a primeira parcela da PLR terá o valor de R$ 3,5 mil e será paga em 28 de maio. Os demais valores foram mantidos. A Bosch oferece PLR no valor de R$ 5 mil (100%) e o mínimo de R$ 4 mil. Segundo a Bosch, a proposta está coerente com a realidade da empresa e dentro das possibilidades de ação responsável para assegurar os negócios da fábrica em Curitiba".
A reivindicação dos trabalhadores é de PLR com o valor mínimo de R$ 5 mil.
Já na New Holland as negociações serão retomadas somente quando for definida a situação da Bosch. Na terça-feira (18), colaboradores rejeitaram a proposta de PLR R$ 4,5 mil, com primeira parcela no valor de R$ 3 mil e pagamento em maio.
Greves encerradas e acordos
As greves dos metalúrgicos da Renault e da Volvoforam encerradas na quarta-feira (19). Os trabalhadores aceitaram as propostas das empresas com relação à PLR e voltaram ao trabalho.
Os metalúrgicos dos três turnos da Renault, em São José dos Pinhais, na região metropolitana, aceitaram a nova proposta da empresa de PLR no valor de R$ 9 mil, com o pagamento da primeira parcela de valor de R$ 4.750 até o fim de maio. A segunda parcela será paga em fevereiro de 2011. Quatro mil funcionários tinham suspendido as atividades na sexta-feira (14).
De acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba (SMC), os trabalhadores alcançaram o valor pretendido. Além disso, foram retiradas as metas de crescimento no mercado interno e de produção de 180 mil veículos em 2010 e isso fez com que os colaboradores da Renault encerrassem o movimento.
Na Volvo, que tem fábrica na Cidade Industrial, em Curitiba, os metalúrgicos aceitaram a proposta de PLR com valor mínimo de R$ 9 mil e também encerraram a greve. O movimento foi iniciado na terça-feira (18). Os metalúrgicos reivindicavam PLR com valor mínimo de R$ 10 mil.
O fim da paralisação foi votado pelos 2,8 mil funcionários do primeiro turno. Haverá nova assembleia na tarde desta quarta-feira (19), mas não deve haver mudança na votação, pois no segundo turno são apenas 400 colaboradores.
A assessoria de imprensa da Volvo informou na terça-feira que em um dia de suspensão das atividades 72 caminhões e quatro ônibus deixavam de ser produzidos.
Já na Volkswagen houve acordo na quarta-feira (19) e os 2,5 mil trabalhadores da empresa não chegaram a decretar greve. A Volkswagen ofereceu a primeira parcela da PLR no valor de R$ 3,8 mil. A segunda parcela será discutida no segundo semestre.
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