Os metalúrgicos da General Motors em São José dos Campos (SP), que fecharam a Via Dutra na altura do quilômetro 142, principal rodovia de ligação entre São Paulo e Rio de Janeiro, na manhã desta terça-feira (22), não preveem mais ações de protesto até a reunião de conciliação, na quarta-feira (23), disse à Agência Estado o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, Antonio Ferreira de Barros, o Macapá. Os trabalhadores, no entanto, estão em greve por 24 horas. "A paralisação deve permanecer até a quarta-feira (23), quando haverá, às 9 horas, uma reunião de conciliação entre os trabalhadores, representantes da GM e dos ministérios do Trabalho e do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior", disse Macapá.
A greve foi deflagrada em protesto contra a possível demissão de 1,5 mil funcionários de uma das linhas de montagem na unidade da cidade do interior paulista. Macapá disse que aproximadamente cinco mil funcionários do primeiro turno da unidade estão parados. A interrupção do tráfego na Via Dutra causou congestionamento mais cedo e, por volta das 9h30, o trânsito ainda era lento no local, na altura do quilômetro 142, em São José dos Campos, de acordo com a concessionária NovaDutra.
Segundo Macapá, os trabalhadores querem que a GM seja proibida pelo governo de demitir os metalúrgicos na linha de montagem do Classic, que já produziu os modelos fora de linha Corsa, Zafira e Meriva. "A companhia tem benefícios do governo com a redução do IPI e mantém a política de demissão", criticou o presidente do sindicato.
Desde agosto, 800 trabalhadores da montadora estão em sistema de lay-off, ou seja, com o contrato de trabalho suspenso na unidade. Em dezembro, a GM estendeu o lay off até sábado próximo (26) e decidiu manter a produção do veículo Classic. O temor do sindicato é o de que esses funcionários e outros 700, que ainda estão trabalhando, sejam demitidos. A montadora realizou ainda Plano de Demissão Voluntária (PDV) e 300 aceitaram a proposta.
Várias reuniões entre os sindicalistas e a GM terminaram sem acordo. A montadora avalia que as negociações continuam e que os sindicalistas não apresentaram propostas concretas para que a empresa mantenha a competitividade da fábrica, entre elas a possível jornada de trabalho flexível. Além da reunião, amanhã será realizado o chamado "Dia de Ação Global Contra os Ataques da GM", mobilização em cinco países além do Brasil: Estados Unidos, Alemanha, Espanha, Colômbia e Argentina.
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