Os 9 mil trabalhadores da General Motors em São José dos Campos aprovaram nesta terça-feira a proposta de suspensão temporária (lay-off) do contrato de trabalho de até 250 trabalhadores dos turnos de produção do Corsa e das embalagens para exportação. Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos de São José, os 250 ficarão em licença-remunerada de 31 deste mês a 6 de agosto. Dia 7 será iniciada a suspensão dos contratos até novembro, com redução de salário e a participação obrigatória dos trabalhadores em cursos de requalificação no Senai. Nesse meio tempo, será aberto um Programa de Demissões Voluntárias.
Os suspensos também terão estabilidade de três meses após o retorno e, se forem demitidos nesse período, a GM terá que pagar multa de quatro salários, mais quatro meses de convênio médico. Dos 159 trabalhadores temporários, com contratos que vencem dia 15 de agosto, apenas 24 serão efetivados. Os 135 restantes terão pacote de benefícios de três salários e quatro meses de convênio médico, que podem ser pagos em dinheiro.
Durante as negociações para tentar reverter as 960 demissões que a GM anunciou que faria até o fim deste mês, 448 trabalhadores aderiram ao Programa de Demissão Voluntária. Outros 36 serão transferidos para São Caetano do Sul e Gravataí (RS).
- Dos 960, 100 foram realocados em outros setores da fábrica, e mais 40 ainda podem ser transferidos para outras unidades - conta o diretor do sindicato Vivaldo Moreira.
Para o sindicalista, a suspensão do contrato é uma forma de ganhar tempo.
- A intenção é continuar a negociar e buscar propostas para que os companheiros retornem ao trabalho - diz.
A GM informa que "a aprovação da proposta pelos trabalhadores sinaliza que as alternativas oferecidas foram positivas, no sentido de minimizar o impacto das 960 demissões".