Cerca de 5.500 metalúrgicos da General Motors (GM) paralisaram a produção da fábrica de São José dos Campos nesta terça-feira, depois de assembléia realizada às 6h, em que foi rejeitada novamente a proposta de reajuste salarial apresentada pela empresa.
Na segunda-feira, em reunião com dirigentes do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, a diretoria da GM apresentara proposta de reajuste de 5,47% nos salários mais R$ 400,00 de abono.
Os valores foram rejeitados pelos trabalhadores do primeiro turno, que aprovaram também entrar em greve por 24 horas. Uma nova assembléia será realizada logo mais, às 14h, com os trabalhadores do segundo turno.
O Sindicato dos Metalúrgicos informa que já reduziu sua reivindicação, inicialmente de 13,8% de aumento real para 7%, além da reposição da inflação.
O principal obstáculo enfrentado pelos trabalhadores da GM, segundo o sindicato, é um acordo que foi fechado no ano passado entre a CUT e a Sinfavea (Sindicato Nacional da Indústria de Tratores, Caminhões, Automóveis e Veículos Similares), prevendo reajuste de 1,23% para este ano. Com validade por dois anos, esse acordo estabelecia que não haveria negociações salariais até 2007.
Assim, a GM estaria alegando que, por pertencer ao Sinfavea, se conceder algum reajuste todas as outras empresas teriam que dar, rompeendo o acordo com a CUT.
- É um absurdo um movimento sindical assinar um acordo como este. Isto mostra que só se preocuparam com os interesses dos patrões e não se importaram em prejudicar os trabalhadores -- disse o presidente do Sindicato, Adílson dos Santos, o Índio.
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