Os trabalhadores da Renault aceitaram a proposta feita pela empresa para o pagamento na Participação nos Lucros e Resultados (PLR), de acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba (SMC). Já na Volvo, os colaboradores rejeitaram a proposta da empresa e entraram em greve por tempo indeterminado na manhã desta segunda-feira (2). Na Volkswagen, que também negocia o benefício, a proposta da empresa foi rejeitada e os trabalhadores aprovaram o indicativo de greve, que só será definida em nova assembleia, a ser realizada na quinta-feira (5).
Na Renault, o acordo fechado atendeu às reivindicações dos trabalhadores, que queriam uma PLR de R$ 12 mil. A primeira parcela do benefício, no valor de R$ 6 mil, deve ser paga ainda nesta semana. A outra parcela, que tem vencimento em janeiro de 2012, pode sofrer alterações de valores porque está atrelada a metas de produção. A reportagem da Gazeta do Povo já entrou em contato com a assessoria de empresa e aguarda retorno.
A fábrica da Renault em São José dos Pinhais conta com 6 mil colaboradores e produz 750 veículos por dia.
Indicativo de greve
Os colaboradores da Volkswagen, que também realizaram assembleia nesta segunda-feira (2), aprovaram um indicativo de greve. Como a proposta da empresa foi rejeitada, os trabalhadores propõem um novo prazo de 48 horas para a negociação. Uma assembleia está marcada para a quinta-feira (5), quando será decidido se os trabalhadores entram em greve ou não. Procurada pela reportagem, a Volkswagen, por meio de sua assessoria de imprensa, informou que não vai se manifestar sobre o assunto. Na empresa, que tem fábrica em São José dos Pinhais, são 3,6 mil funcionários que produzem 810 veículos diariamente.
Volvo
Metalúrgicos da Volvo decidiram entrar em greve por tempo indeterminado na manhã desta segunda-feira (2). A empresa manteve a proposta de pagamento da primeira parcela de PLR no valor de R$ 5,5 mil, em maio. Os trabalhadores reivindicam PLR de R$ 8 mil (primeira parcela) e mais $ 2 mil de vale-mercado. A segunda parcela seria negociada no segundo semestre.
A assessoria de imprensa da Volvo informou que a empresa considerou a greve precipitada. Segundo a empresa, os valores reivindicados pelos trabalhadores são altos e estão fora da realidade de mercado. A fábrica da Volvo tem 3,2 mil colaboradores e produz cerca de cem veículos por dia.