As negociações sobre os valores oferecidos na Participação nos Lucros e Resultados (PLR) para 2010 entre o Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba (SMC)e a Renault estão em andamento. Os trabalhadores, que paralisaram os serviços nesta quinta-feira (13), realizam uma nova assembleia na porta da fábrica nesta sexta (14), para definir os rumos da mobilização.
Os funcionários da Volvo também se reúnem em assembleia nesta sexta-feira (14). Eles reivindicam PLR mínima de R$ 10 mil.
Caso
Quatro mil funcionários da fábrica da Renault de São José dos Pinhais, na região metropolitana de Curitiba, paralisaram seus trabalhos desde as 5 horas da manhã desta quinta-feira. A manifestação, que deve durar 24 horas, está relacionada à proposta da empresa para a Participação nos Lucros e Resultados (PLR) para 2010.
A assessoria de imprensa da Renault informou que a paralisação dos funcionários gerou uma grande surpresa na empresa. De acordo com a assessoria, a reação inicial dos trabalhadores quando a proposta foi divulgada havia sido muito positiva. A empresa considera o valor de PLR muito bom e plausível para o mercado de automóveis.
A Renault ofereceu PLR no de R$ 7,5 mil (100%), com pagamento mínimo de R$ 6,2 mil. Os trabalhadores receberiam o valor em duas parcelas. A primeira, de R$ 4.750, seria paga na terça-feira (18). No entanto, de acordo com a assessoria de imprensa do sindicato, os trabalhadores rejeitaram a proposta e pedem uma PLR no valor de R$ 9 mil.
A empresa também afirmou que simplificou os índices que compõem as metas para a PLR deste ano e trabalha apenas com o volume de produção e participação no mercado. As produção deveria aumentar de 140.354 unidades para 187.687 e a participação no mercado nacional teria de subir de 3,9% para 5%. O sindicato considerou que essas metas eram inatingíveis, mas a empresa afirma que elas são proporcionais ao aumento oferecido na PLR em relação a 2009.
Outras empresas
Os trabalhadores da Volkswagem também realizaram assembleia nesta quinta-feira (13) e decidiram dar um prazo de 48 horas para que a empresa apresente uma proposta. Os colaboradores querem o mesmo valor apresentado aos funcionários da fábrica em São Paulo, com R$ 4,3 mil para a primeira parcela da PLR.
Na Bosch, os trabalhadores realizaram uma paralisação de duas horas na quarta-feira (12) e deram um prazo de 48 horas para a empresa apresentar uma proposta. Caso isso não aconteça, uma nova assembleia está marcada para segunda-feira (17).
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