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Reajuste

Metalúrgicos da Renault fecham maior acordo salarial do país, segundo Dieese

Os metalúrgicos da Renault, localizada em São José dos Pinhais, na região metropolitana de Curitiba, aprovaram, na tarde desta segunda-feira (29), o pacote de benefícios negociado entre o Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba (SMC) e a empresa. A proposta votada em assembleia prevê um aumento real de até 20,19% entre 2011 e 2013 e R$ 61,5 mil referentes à Participação nos Lucros ou Resultados (PLR) e abono salarial.

De acordo com o cálculo do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócioeconômicos (Dieese), o acordo vai injetar R$ 343 milhões na economia paranaense nos próximos dois anos. A proposta aceita nesta segunda-feira é o maior acordo salarial já fechado pelos trabalhadores na história das negociações salariais no Brasil, segundo o Dieese.

Acordo

A aumento real em 2011 será de 2,5% com o acréscimo de 100% do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) acumulado nos últimos doze meses, aplicados em setembro. Em 2012, o aumento real será de 3% e, em 2013, de 3,5, sendo que nos dois próximos anos também será adicionado o INPC acumulado.

O abono salarial de 2011 será de R$ 5 mil e, de acordo com estimativa do Dieese deverá chegar a R$ 5,5 mil no ano que vem e R$ 6 mil em 2013. A proposta prevê ainda R$ 15 mil para 100% das metas referentes à Participação nos Lucros e Resultados (PLR) em 2012: R$ 15 mil para 100% das metas e de R$ 18mil em 2013. Os valores serão pagos em duas parcelas, sendo a primeira em maio e a segunda em fevereiro do ano seguinte.

O plano de cargos e salários ainda determina um reajuste de 10% na primeira faixa salarial, que engloba cerca de 80% dos 5.700 trabalhadores da fábrica. As demais faixas salariais terão um reajuste de 5%. O salário médio dos trabalhadores da Renault é de R$ 2 mil.

Tendência

Para o SMC, o acordo aponta uma tendência para as negociações no país que são os grandes pacotes salariais com prazos longos. O presidente do SMC, Sérgio Butka, considera que acordos como esse beneficiam o trabalhador, que vê a mão-de-obra valorizada, e a empresa, que aumenta a competitividade no mercado de trabalho. Para Butka, esse acordo é uma resposta a quem critica a luta dos trabalhadores por melhores salários.

A fábrica da Renault tem capacidade para fabricar 224 mil carros por ano. Atualmente são produzidos os modelos Novo Renault Sandero, Novo Renault Sandero Stepway, Logan e Grand Tour, além de dez milhões de peças anuais que alimentam o mercado brasileiro e o argentino. As exportações representam 41% da produção, tendo como destinos as fábricas da Renault na Argentina (22%), Colômbia (13%), Romênia e México (4%). Em 2011, a montadora alcançou a marca de 1 milhão de carros produzidos na fábrica desde a inauguração, em 1998.

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