Os três mil trabalhadores da fábrica da Bosch na Cidade Industrial de Curitiba (CIC) decidiram nesta quinta-feira (19) manter a greve por tempo indeterminado que foi iniciada na última terça (17). Em assembleia realizada por volta das 5h30, os metalúrgicos rejeitaram uma nova proposta de reajuste salarial que foi apresentada pela empresa. Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba (SMC), ao menos até a próxima segunda-feira (23), nenhum funcionário sindicalizado retornará à fábrica.
"Convocamos os empregados a voltar na segunda-feira, mas apenas para votar a continuidade ou não da paralisação", explica Jurandir Ferreira, diretor do SMC. Para Ferreira, a nova proposta apresentada pela Bosch chega a avançar em alguns aspectos mas é pior para os trabalhadores em outros pontos. O aumento real prometido subiu de 3,5% para 3,7%, mas foi deixado para ser aplicado em fevereiro de 2010, ao invés de dezembro deste ano. Já o pagamento do abono salarial, que seria feito em duas parcelas foi prometido, em única parcela, já em dezembro, mas caiu de R$ 2 mil para R$ 1,5 mil.
Segundo o SMC, os trabalhadores reivindicam um aumento real de 3,7% mais a inflação acumulada nos últimos 12 meses (4,13%, segundo o INPC) já em dezembro; abono salarial de R$ 2 mil para o mesmo mês; além de vale-mercado de R$ 130.
A fábrica da Bosch em Curitiba produz sistemas de injeção para veículos com motores movidos a diesel. Procurada pela reportagem, a Bosch confirmou a continuidade da greve dos trabalhadores, e informou que "respeita o direito de manifestação dos trabalhadores e informa que está avaliando quais serão os próximos passos a serem adotados".
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