Déficit

US$ 10 bilhões é o déficit do México no comércio de automóveis com o Brasil entre 2003 a 2011. O Brasil quer revisar o acordo comercial por considerá-lo desvantajoso, mas o país teve superávit por vários anos. A situação só se reverteu em 2010.

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O México não aceita rever o acordo automotivo com o Mercosul, informa comunicado oficial divulgado ontem. Uma delegação de negociadores está no Brasil desde terça-feira para uma rodada de conversas a ser encerrada hoje, mas a disposição de mudar as regras é zero.

O comunicado afirma que o Acordo de Complementação Econômica (ACE) 55, assinado em 2003, fez o comércio de automóveis subir de pouco mais de US$ 1,1 bilhão para US$ 2,5 bilhões em 2011, além de desenvolver a indústria regional de autopeças. "Devido à importância bilateral do ACE 55, o governo mexicano buscará não negociá-lo", diz o documento. Apesar do claro posicionamento contrário dos mexicanos, o lado brasileiro insiste no diálogo, segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).

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A reunião foi acertada na semana passada em conversa da presidente Dilma Rousseff com o presidente do México, Felipe Calderón, depois que o Brasil ameaçou romper de forma unilateral o acordo automotivo. A avaliação do lado brasileiro é de que ele tem sido desvantajoso – no entanto, o Brasil teve superávit no comércio de automóveis nos seis primeiros anos do acordo, situação que se inverteu somente a partir de 2009. Ainda assim, alegam os mexicanos, no período de 2003 a 2011 o acordo rendeu a eles um déficit comercial de US$ 10 bilhões.