O vice-presidente Michel Temer afirmou que a participação de duas empresas chinesas no consórcio vencedor da exploração do campo de Libra, a maior jazida de petróleo já encontrada no Brasil, representa uma "grande abertura" para o investimento de outras empresas do país asiático.

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"O simples fato de que duas empresas chinesas tenham entrado no campo de petróleo, significa uma abertura muito grande para que outras empresas venham para o país", disse Temer em entrevista publicada neste domingo pela Agência Brasil.

O país sul-americano concedeu em 21 de outubro a exploração de Libra ao consórcio integrado pela francesa Total (20%), a anglo-holandesa Shell (20%), as chinesas China National Corporation (10%) e China National Offshore Oil Corporation (10%), além da Petrobras (40%), cuja participação estava garantida por lei.

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Para o vice-presidente, a preocupação das empresas chinesas na hora de investir no Brasil está motivada pela "burocracia interna" do país, embora tenha precisado que a "desburocratização está se acentuando cada vez mais, sempre na busca pelo investimento estrangeiro".

Temer lembrou que o Governo realizou um convite público às empresas chinesas para que participassem do leilão do campo de Libra, que foi considerado um "êxito".

O consórcio vencedor foi o único que apresentou uma oferta, já que as outras seis empresas que tinham se inscrito no leilão, se retiraram de última hora.

Sobre a descoberta de petróleo em Sergipe, anunciada nesta semana, Temer apontou que "vai abrir um novo campo para que empresas chinesas, que já têm essa entrada no Brasil, possam participar de um novo acontecimento em relação à exploração de petróleo e gás".

Além dos campos de petróleo, Temer falou de outros "projetos de infraestrutura extraordinários".

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"Basta dizer que vamos ter 7.500 quilômetros de estradas que queremos duplicar, linhas de ferrovias, especialmente no referente ao trem bala. Sabemos que a China é um dos principais países onde se desenvolve a tecnologia de trens de alta velocidade", disse.

Segundo o vice-presidente, o Governo tem "muito interesse" na participação de empresas chinesas na concessão dos aeroportos internaiconais do Rio de Janeiro e Belo Horizonte, cuja licitação está prevista para 22 de novembro.

Temer realizou estas declarações dias antes de viajar para China, onde participará de 4 a 9 de novembro de diferentes eventos, entre os quais está previsto que tenha uma reunião com o presidente Xi Jinping, que assumiu o cargo em 14 de março.

Além disso, Temer afirmou que aproveitará sua viagem ao país asiático para buscar apoio para conseguir uma vaga como membro permanente no Conselho de Segurança da ONU. EFE