O vice-presidente Michel Temer participou nesta segunda-feira da abertura da IV Conferência Ministerial do Fórum para a Cooperação Econômica e Comercial entre China e os Países de Língua Portuguesa, realizado na região administrativa especial de Macau.
Temer afirmou que a jornada inaugural "foi muito boa" e transmitiu a "satisfação do Brasil por participar" do chamado Fórum de Macau, assim como sua expectativa de que "a reunião tenha resultados positivos", segundo afirmou em comunicado seu porta-voz, Viviane Cardoso.
Inaugurado em 2003, o fórum pretende fortalecer as relações econômicas e a cooperação entre o gigante asiático e os países de língua portuguesa, além de transformar Macau em plataforma das mesmas, segundo publica hoje a agência oficial "Xinhua".
O fórum, que conta com a participação de Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Timor-Leste, Moçambique e Portugal, é realizado a cada três anos.
Segundo dados oficiais da segunda economia mundial, o comércio bilateral entre China e os países de língua portuguesa chegou até os US$ 98,5 bilhões no período de janeiro a setembro de 2013, o que representa um crescimento de 0,39% com relação ao mesmo período do ano passado.
Após sua participação no fórum, no qual o vice-presidente se reunirá com Wang Yang, vice-primeiro-ministro da República Popular da China, Temer viajará para Cantão na quarta-feira, onde manterá a III Reunião da Comissão Chinesa-Brasileira de Alto Nível de Concertação e Cooperação (Cosban).
Na quinta-feira Temer chegará a Pequim, onde será recebido pelo presidente da China, Xi Jinping, em cerimônia de boas-vindas no Grande Palácio do povo (sede do Legislativo), e também por seu colega da potência asiática, Li Yuanchao.
Já na sexta-feira, Temer participará da abertura do Conselho Empresarial Brasil-China (CEBC) e se reunirá com empresários brasileiros e chineses do setor agropecuário.
A visita oficial, com uma intensa agenda, tem como finalidade fortalecer a Associação Estratégica Global entre Brasil e China, dois dos membros do fórum de países emergentes Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) e as maiores economias da América Latina e Ásia, respectivamente.
A China é desde 2009 o maior parceiro comercial do Brasil e um dos principais países de origem do investimento direto estrangeiro no país.
O comércio entre os dois países somou US$ 75,4 bilhões no ano passado, valor quase 20 vezes superior ao de uma década antes, com exportações brasileiras por US$ 41,2 bilhões e importações de 34,2 bilhões.
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