A Microsoft anunciou nesta quinta-feira (22) que vai demitir 5 mil funcionários em todo o mundo - cerca de 5% de sua força de trabalho - devido à crise econômica. Trata-se do maior corte de pessoal na história da companhia.
Nesta quinta, 1,4 mil funcionários já deverão deixar seus postos de trabalho, segundo a empresa. As demissões devem seguir pelos próximos 18 meses, e significarão uma economia de cerca de US$ 1,5 bilhão para a companhia.
Também alegando os efeitos da crise, a Microsoft não forneceu ao mercado estimativas de receita e lucro para este ano fiscal.
Em comunicado enviado aos funcionários, o presidente da empresa, Steve Ballmer, disse que a Microsoft não está "imune aos efeitos da economia". Nos resultados divulgados nesta quinta, a companhia criadora do Windows apresentou queda de 11% no lucro no último trimestre.
No total, a empresa lucrou US$ 4,17 bilhões, ou 47 centavos de dólar por ação. A receita cresceu cerca de 1% em relação ao período anterior, e fechou em US$ 16,6 bilhões, abaixo dos US$ 17,1 bilhões esperados pelos analistas.
Já o faturamento da divisão de Clientes, responsável pela produção do Windows, diminuiu 8%, "em função da fraqueza do mercado de PCs e uma tendência de queda nos preços dos notebooks".
A receita com licenças de ferramentas corporativas, contudo, cresceu 15%, enquanto a da divisão de games subiu 3%, puxada pela demanda pelo console Xbox 360.
Demissões em diversas áreas
As demissões anunciadas nesta quinta - as primeiras de grande escala na história da Microsoft - se darão nas áreas de pesquisa e desenvolvimento, marketing, vendas, financeira, jurídica, recursos humanos e tecnologia da informação. A intenção é reduzir as despesas operacionais anuais em US$ 1,5 bilhão.
"Ao mesmo tempo em que não estamos imunes aos efeitos da economia, estou confiante na força de nosso portfólio de produtos e na solidez de nossa abordagem", disse Steve Ballmer. "Vamos continuar a administrar as despesas e investir em oportunidades de longo prazo, para emergir como um líder ainda mais forte do que somos hoje."
"A atividade econômica e o gasto com tecnologia se desaceleraram além de nossa expectativa no trimestre, e agimos rápido para reduzir nossa estrutura de custos e mitigar esse impacto" , afirmou o diretor-financeiro, Chris Liddell.
"Estamos nos planejando para um cenário em que a incerteza econômica continue no restante do ano fiscal, quase certamente levando a uma queda na receita e no lucro da segunda metade", completou.
Moraes eleva confusão de papéis ao ápice em investigação sobre suposto golpe
Indiciamento de Bolsonaro é novo teste para a democracia
Países da Europa estão se preparando para lidar com eventual avanço de Putin sobre o continente
Em rota contra Musk, Lula amplia laços com a China e fecha acordo com concorrente da Starlink
Reforma tributária promete simplificar impostos, mas Congresso tem nós a desatar
Índia cresce mais que a China: será a nova locomotiva do mundo?
Lula quer resgatar velha Petrobras para tocar projetos de interesse do governo
O que esperar do futuro da Petrobras nas mãos da nova presidente; ouça o podcast
Deixe sua opinião