Yahoo, Microsoft e AOL estabeleceram uma parceria publicitária, diante do domínio crescente do Google e do Facebook sobre o mercado de publicidade na web.
A aliança, anunciada na terça-feira, permitirá que cada uma das companhias venda espaço publicitário para banners nos sites das parceiras, a partir do começo do ano que vem.
Os banners são os grandes e coloridos anúncios que aparecem em páginas da Web e atraem empresas interessadas em divulgar as marcas de seus produtos ou serviços. Esses anúncios costumam ter os preços mais elevados.
Rik van der Kooi, vice-presidente do grupo de publicidade empresarial da Microsoft, caracterizou a parceria no comunicado como "uma maré que erguerá igualmente todos os barcos".
"O espírito do acordo é importante, e nós o recebemos positivamente", disse Nick Beil, presidente da VivaKi Nerve Center, parte da holding publicitária Publicis Groupe.
Beil disse que a aliança era atraente porque expande o potencial de alcance dos anunciantes que procuram espaço publicitário premium.
Embora as empresas estejam firmando uma parceria, continuarão a concorrer ativamente pelas verbas publicitárias dos anunciantes e por parceiros de conteúdo, e cada qual manterá seus controles sobre as páginas.
Executivos do Yahoo, AOL e Microsoft afirmaram que não antecipavam objeções do Departamento da Justiça norte-americano, que poderia concebivelmente desaprovar a parceria porque ela talvez reduza a concorrência ou afete os preços da publicidade.
"Não estamos reduzindo a concorrência, de maneira alguma", disse Van der Kooi em entrevista coletiva. "Como resultado da transparência, a concorrência só vai aumentar. Não antecipamos quaisquer questionamentos desse ponto de vista".
Tanto Facebook quanto Google devem elevar sua participação na publicidade em formato de banner online a 9,3 por cento e 16,3 por cento do mercado dos Estados Unidos, respectivamente, em 2011, de acordo com estimativas do grupo de pesquisa eMarketer.
Enquanto isso, AOL, Microsoft e Yahoo devem perder mercado, e o Facebook deve superar o Yahoo pela primeira vez, já neste ano.
"Outros interessados do setor serão bem vindos a participar da aliança. Não estamos agindo contra alguém específico", disse Van der Kooi.