Em um comunicado divulgado nesta quarta-feira (25), a Microsoft afirma que vai reduzir sua atuação no mercado de smartphones, o que, na prática, vai causar o corte de 1.850 postos de trabalho – a maioria, cerca de 1.350, na Finlândia.
A companhia norte-americana entrou no ramo de celulares em 2014, após a compra da divisão de dispositivos móveis da Nokia por US$ 7,2 bilhões. Na época, a Microsoft adquiriu os direitos para usar a marca Nokia em seus smartphones por dois anos. No entanto, a gigante de tecnologia parou de usar o nome antes do prazo e atualmente utiliza apenas a marca Lumia.
Segundo o comunicado, a reestruturação vai causar uma baixa contábil de US$ 950 milhões. A unidade de pesquisa e desenvolvimento em Tampere, na Finlândia, será desativada.
A companhia afirmou que vai continuar a desenvolver aplicativos e recursos para a plataforma Windows 10 Mobile, além de oferecer suporte aos smartphones da marca Lumia. No entanto, não ficou claro se novos telefones serão desenvolvidos e lançados.
“Estamos focando nossos esforços em telefonia onde temos diferencial”, disse o presidente-executivo da empresa, Satya Nadella, no comunicado. “Continuaremos a inovar em dispositivos e em nossos serviços para a nuvem em todas as plataformas móveis”.
Atualmente, os smartphones com sistema operacional Windows tem menos de 1% do mercado global de celulares, conforme levantamento da Gartner, em relação ao primeiro trimestre. Em comparação, os aparelhos com Android respondem por 84% do mercado, e os com iOS, 15%.
Negócio
O anúncio ocorre uma semana depois da Nokia ter anunciado sua volta ao mercado de celulares, por meio da companhia finlandesa HMD, que adquiriu o licenciamento da marca. O negócio também envolveu a Microsoft, que vendeu seu negócio de feature phones (aparelhos básicos) para a HMD, por US$ 350 milhões.