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Indústria

Mili fechará fábrica de Curitiba em 2015

Lucro em 2013 será 18% maior que o de 2012 (R$ 44 milhões) | André Rodrigues/ Gazeta do Povo
Lucro em 2013 será 18% maior que o de 2012 (R$ 44 milhões) (Foto: André Rodrigues/ Gazeta do Povo)

A Mili, uma das maiores empresas do setor de higiene e limpeza, planeja fechar a fábrica de Curitiba, localizada no bairro Pinheirinho. "Devemos mudá-la ou para região metropolitana ou para Santa Catarina em 2015", relatou com exclusividade o proprietário da companhia, Vanderlei Micheletto. O investimento será de R$ 100 milhões.

O motivo , segundo Micheletto, é a falta de espaço. "Precisamos de um terreno que tenha pelo menos 60 mil metros quadrados de área construída", conta. A fábrica do Pinheirinho tem apenas um terço disso e está em uma área residencial. Com 500 funcionários, ela produz fraldas para adulto, absorventes e fraldas descartáveis infantis – a empresa é uma das cinco maiores do Brasil no mercado de fraldas para crianças.

SC ou PR?

A Mili foi criada em agosto de 1983 em Três Barras (SC), mas sua sede foi transferida em 1985 para Curitiba. O governo catarinense, que dá incentivos fiscais à empresa, como a redução do ICMS, já fez o convite para que ela retorne completamente às origens. "Faz 30 anos que eles estão nos chamando para lá", fala Micheletto. Embora tenha sede na capital paranaense, é em Santa Catarina a maior parte da produção da companhia.

A fábrica de Três Barras, com 1,2 mil funcionários, produz papel higiênico, guardanapos e toalhas. O papel higiênico, responsável por 70% do faturamento da empresa, é o mais vendido do Brasil, segundo o Instituto Nielsen.

Micheletto, no entanto, não descarta a possibilidade de transferir a fábrica para a região metropolitana de Curitiba. Em setembro deste ano a empresa comprou um terreno de 400 mil metros quadrados na Fazenda Rio Grande. "Nós temos 500 funcionários. Para começar tudo de novo não seria fácil", fala.

A decisão de onde a nova fábrica será instalada vai depender dos incentivos. O governo do Paraná, diferentemente do de Santa Catarina, não oferece nenhum benefício à empresa. "Vamos conversar com os representantes. Até agora não nos ofereceram nada. Mas nós também não os procuramos", fala Micheletto.

Questionado sobre a possibilidade de demitir os 500 funcionários da fábrica de Curitiba, ele disse que tem "três anos para pensar sobre isso", mas garante que a Mili não tem histórico de demissões em massa. "Nem mesmo os incêndios de 2005 e 2011, que afetaram a fábrica de Curitiba, ocasionaram desligamentos", fala.

Investimentos

Até 2015, a Mili investirá R$ 200 milhões na fábrica de Santa Catarina e R$ 50 milhões na de Curitiba, o que aumentará a capacidade de produção em 60%. O grupo também possui uma fábrica em Maceió (AL), com 100 funcionários.

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