60 metros
A Mili completou em março dez anos de lançamento de seu rolo de papel de 60 metros, medida depois adotada por várias marcas nos rolos de folha simples. Na época, muitas empresas estavam sendo criticadas por "maquiar" produtos, reduzindo o comprimento de 40 para 30 metros sem reduzir o preço ou anunciar claramente a mudança. Uma operação recente do Ipem-SP encontrou irregularidades em 18 de 55 marcas a maioria entrega menos papel do que promete.
As receitas da curitibana Mili aumentaram 18% em 2012, pouco mais que o dobro do crescimento do comércio brasileiro. Fabricante de papel higiênico, fraldas e absorventes, a empresa espera repetir a dose neste ano, avançando novamente 18%.
A expectativa é de que os resultados continuem sendo puxados pela área de papel higiênico. O produto responde por 70% das vendas da empresa e está em meio a um ciclo de investimentos de R$ 250 milhões entre 2011 e 2015. "Com os investimentos que temos feito em expansão, estamos crescendo mais rápido que o mercado", diz o proprietário da companhia, Vanderlei Micheletto.
De acordo com o balanço publicado ontem, a receita líquida da Mili subiu de R$ 517 milhões em 2011 para R$ 613 milhões no ano passado. Esse avanço foi o principal responsável pelo aumento de 76% no lucro líquido, que passou de R$ 26 milhões para R$ 44 milhões.
Com 25 mil clientes, entre supermercados e outros varejistas, a Mili vende seus produtos em todos os estados brasileiros e no Paraguai. Seu papel higiênico de folha simples é o mais vendido do Brasil, segundo o Instituto Nielsen. Ela também produz os rolos que levam as marcas do supermercado Carrefour e do Makro Atacadista.
Ampliação
Embora tenha sede em Curitiba, a Mili concentra seus planos de expansão na fábrica de Três Barras (SC), que emprega 900 pessoas e produz papel "tissue", usado na produção de guardanapos, toalhas de papel e papel higiênico. De 2011 para cá, o número de máquinas produtoras passou de cinco para seis, e a sétima será instalada no ano que vem. Ao fim do processo, a empresa terá elevado sua capacidade de produção em 60%, de 380 para 600 toneladas diárias de papel.
Em Curitiba, onde tem 400 funcionários, a Mili produz absorventes e fraldas descartáveis e mantém um centro de distribuição. Em Maceió, a companhia tem outro centro de distribuição e ainda uma fábrica que faz a "conversão" do papel, que passa das bobinas feitas em Santa Catarina aos rolos de papel higiênico.
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