Os estados de Minas Gerais e do Pará registraram os maiores saldos da balança comercial (exportações menos importações) no primeiro trimestre do ano, como resultado das grandes vendas de minérios, especialmente para a China. Minas contabilizou saldo de US$ 5,886 bilhões e o Pará ficou com US$ 3,112 bilhões, de acordo com informação divulgada nesta terça-feira (12) pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).
Rio de Janeiro e Espírito Santo também registraram bons superávits, de US$ 1,518 bilhão e de US$ 1,132 bilhão, respectivamente, seguidos de saldos menores da maioria dos estados brasileiros. Em contrapartida, o estado que mais compra e vende no país foi também o que contabilizou o maior déficit no período São Paulo exportou US$ 12,159 bilhões, mas fez compras equivalentes a US$ 18,365 bilhões, com déficit de US$ 6,205 bilhões.
A movimentação no comércio internacional foi deficitária também para o Amazonas (US$ 2,598 bilhões), Santa Catarina (US$ 1,407 bilhão), Pernambuco (US$ 763 milhões) e Paraná (US$ 588 milhões). Mas, numa avaliação por regiões, o MDIC só verificou déficits no Sul (US$ 1,418 bilhão) e no Nordeste (US$ 426 milhões), enquanto o Sudeste faturou US$ 2,332 bilhões, o Centro-Oeste teve saldo de US$ 1,316 bilhão e o Norte contabilizou US$ 672 milhões.
Dos 5.565 municípios brasileiros, 2.057 realizaram operações de comércio exterior no trimestre. Poucos deles, porém, fizeram movimentações significativas. Os destaques ficam sempre com os municípios detentores de jazidas de minério ou exportadores de petróleo. Esse é o caso, por exemplo, de Parauapebas, no Pará, onde fica a jazida de Carajás, explorada pela Vale do Rio Doce, ou de Itabira e Nova Lima, em Minas, com jazidas de minério de ferro.
Os municípios que mais exportaram no período foram Angra dos Reis (RJ), com US$ 2.512 bilhões; Parauapebas (PA), com US$ 2,108 bilhões; Rio de Janeiro (RJ), US$ 1,364 bilhão; São Paulo (SP), US$ 1,285 bilhão; e Vitória (ES), US$ 1,249 bilhão. As maiores importações foram feitas por São Paulo (US$ 3,741 bilhões), Manaus (US$ 2,817 bilhões) e Rio de Janeiro (US$ 1,727 bilhão).