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O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, garantiu na sexta-feira, em Florianópolis, que o governo não vai autorizar a instalação de usinas de álcool na Amazônia ou Pantanal matogrossense, para evitar a degradação do meio ambiente na região.

- Não haverá nenhuma usina na Amazônia, no Pantanal, e nem será derrubada mata nativa, com a redução progressiva de queimada da palha, que deve ser usada para geração de energia limpa.

O ministro ressaltou que houve queda de 22% do desmatamento na Amazônia entre junho até agora. Ele disse também que o Ministério passou a monitorar todos os biomas através de convênios com organismos internacionais e universidades. Já está acontecendo no cerrado, caatinga, com o combate à desertificação.

Minc afirmou que é fundamental o uso de tecnologias e o aprimoramento das ações para reduzir as emissões de gases do aquecimento global pelo Brasil. Segundo ele, deverão ser estabelecidas metas para reduzir o desmatamento da Amazônia, para o setor elétrico e para o transporte.

- Inclusive com o aumento da co-geração de energia de 0,50% para 20% e redução do desperdício de 15%. Além do aumento de 11% ao ano de participação do etanol e biocombustível para o transporte.

Minc participou da mesa-redonda Cenários de Investimentos em Energias Renováveis: Há luz no fim da crise?.O debate aconteceu durante a Eco Power Conference - Fórum Internacional de Energias Renováveis e Sustentabilidade, em Florianópolis.

Segundo ele, é preciso avançar na tecnologia na produção agrícola e de outros setores econômicos para reduzir os efeitos nocivos ao meio-ambiente. Minc falou da criação do Zoneamento Agroecológico da Cana-de-Açúcar. Afirmou ainda que será feito uma segunda etapa, no Ibama, para simplificar os licenciamentos ambientais, mas que serão cada vez mais rigorosos e com exigência de compensações.

- Quero dizer que vamos dar licenças ao setor elétrico, com consciência tranqüila. Mas acabou o tempo das Sete Quedas e de cinco mil pessoas terem que deixar um local por causa de um lago. É preciso um bom licenciamento e um bom estudo básico. Portanto, senhores, preparem o couro.

De acordo com o ministro, isso evitará o uso de mais carvão e óleo.

Para ele, o Brasil deu um salto com o etanol e o biocombustível. E que por isso deverá fazer transferência da tecnologia para a África e América Latina. Mas que está perdendo a oportunidade de avançar na produção de energia eólica e a solar. Afirmou que haverá leilão só para a eólica, mas não informou datas. Minc destacou também que pretende trabalhar para reduzir a carga tributária da produção de energia eólica.

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