Cálculos da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) apontam que "jabutis" colocados pelo Congresso Nacional na medida provisória que recriou o Minha Casa Minha Vida vão custar R$ 1 bilhão ao ano nas contas de luz de todos os brasileiros que não são beneficiários do programa e necessitam de energia elétrica das distribuidoras.
Isso porque os beneficiários do programa que tiverem painéis solares instalados nas residências terão um desconto de 50% no valor mínimo que precisam pagar para manter um painel solar conectado à rede, usando a infraestrutura pública como uma espécie de “bateria”. O custo desta medida, segundo a Aneel, será de R$ 429,54 milhões ao ano.
Outra emenda estabelece, ainda, que as distribuidoras de energia devem comprar o excedente gerado nas residências, impactando em mais R$ 663,24 milhões ao ano por conta dos custos de aquisição (R$ 601,51 megawatt-hora) e de venda (R$ 69,04/MWh).
A medida provisória também dispensa a licitação para os órgãos públicos na aquisição de excedente de energia dos programas habitacionais, o que, diz a Aneel, pode ser entendido como um benefício a um tipo de produtor específico em detrimento de centenas de outras usinas que geram e comercializam energia no mercado livre de maneira competitiva.
“Esse tratamento diferenciado a um tipo específico de gerador de energia elétrica pode influenciar na competição do mercado e levar os órgãos públicos à contratação de energia a preços mais onerosos para a Administração”, diz o ofício da agência reguladora enviado ao Ministério de Minas e Energia (MME) e divulgado pelo jornal O Globo divulgado nesta terça (20).
O texto aguarda sanção ou veto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que deve analisar o projeto após o retorno da viagem à Europa, previsto para o final desta semana.
Símbolo da autonomia do BC, Campos Neto se despede com expectativa de aceleração nos juros
Após críticas, Randolfe retira projeto para barrar avanço da direita no Senado em 2026
Novo decreto de armas de Lula terá poucas mudanças e frustra setor
Câmara vai votar “pacote” de projetos na área da segurança pública; saiba quais são
Reforma tributária promete simplificar impostos, mas Congresso tem nós a desatar
Índia cresce mais que a China: será a nova locomotiva do mundo?
Lula quer resgatar velha Petrobras para tocar projetos de interesse do governo
O que esperar do futuro da Petrobras nas mãos da nova presidente; ouça o podcast