O Ministério de Minas e Energia aumentou, nesta quarta-feira (5), suas previsões para o risco de desabastecimento de energia no ano que vem, índice que agora está no limite máximo tolerado: 5%.
Após reunião do CMSE (Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico), encontro que reúne as principais autoridades do setor dentro do governo, a pasta divulgou uma nota à imprensa em que admite que pode ser necessária "a adoção de medidas adicionais àquelas normalmente praticadas, como a estratégia que vem sendo adotada, em 2014". O Comitê não exemplificou quais seriam essas medidas.
Entretanto, neste ano vem sendo reforçado o uso de usinas térmicas, acionadas em sua capacidade máxima ao longo de todos os meses. De forma que essa pode ser uma das saídas.
Histórico
No mês passado, o CMSE também havia destacado a possibilidade da adoção de medidas adicionais. Na ocasião, porém, as previsões para risco de desabastecimento de luz em 2015 haviam sido minimamente reduzidas.
Neste mês de novembro, o risco de desabastecimento de energia que se pode prever para 2015 é de 5% na região Sudeste/Centro-Oeste e de 0,7% no Nordeste.
Em outubro, esse risco era de 4,7% para Sudeste/Centro-Oeste e de 0,8% para a região Nordeste. Em setembro, os números eram 4,8% e 0,5%, respectivamente.
A região Sudeste/Centro-Oeste, considerada como uma coisa só para o setor elétrico, reúne as principais bacias do país. É, então, a mais importante para preservar seus níveis de abastecimento.
Silêncio
O Ministério de Minas e Energia adotou como postura padrão emitir uma nota a cada reunião do CMSE.
A pasta nunca permite que qualquer um de seus representantes forneçam mais explicações sobre as condições do setor.
No site do ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico), os reservatórios do Sudeste/Centro-Oeste mantêm apenas 18% de sua capacidade abastecida. No nordeste, esse volume atinge apenas 15% do total dos reservatórios.