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R$ 2 bilhões

Ministério Público denuncia site de franquias BBom por "pirâmide financeira"

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(Foto: Reprodução / Internet)

O Ministério Público Federal denunciou nesta quarta (17) cinco pessoas por criação de "pirâmide financeira" envolvendo o site BBom, que gerencia microfranquias de produtos que vão de rastreadores veiculares, cafés, produtos para alisamento de cabelo e ozônio para purificação de água, entre outros.

Segundo o Ministério Público, o número de consumidores lesados chega a um milhão e faturamento do "negócio" somou R$ 2 bilhões.

Para o Ministério Público, os cinco empresários se associaram de forma criminosa para montar um esquema de "pirâmide financeira" sob o disfarce do que chama de microfranquiados, além da negociação de contratos de investimento coletivo sem o devido registro.

Os denunciados vão responder pela prática de crimes contra o mercado de capitais, o sistema financeiro e a economia popular e ainda por lavagem de dinheiro. Isso porque os empresários teriam se articulado para ocultar o patrimônio adquirido e para movimentar, em contas de terceiros, os recursos obtidos dos consumidores que se associaram ao chamado Sistema BBom. Foram denunciados João Francisco de Paulo, Paulo Ricardo Figueiró, Ednaldo Alves Bispo, Sérgio Luís Yamagi Tanaka e Fabiano Marculino Montarroyos.

A atratividade do esquema para os consumidores estaria no pagamento de diversos tipos de bonificações. Um deles garantiria uma rentabilidade fixa de aproximadamente 25% ao mês aos investidores que, segundo o Ministério Público, nada precisavam fazer além de entregar um valor estabelecido de vendas. "As demais bonificações seriam pagas para aqueles investidores que trouxessem novos investidores para o sistema, o que lhe daria características de pirâmide, pois quem entra depois no esquema não consegue recuperar seu investimento", afirmou o Ministério Público.

Para os procuradores, a comercialização de rastreadores veiculares seria apenas um pretexto para disfarçar a pirâmide financeira. "Os cinco denunciados trabalhavam com a emissão de contratos de investimento coletivo e criaram uma gigantesca pirâmide financeira", disse o procurador da República Andrey Borges de Mendonça, autor da denúncia.

Outro lado

A Folha não conseguiu falar com nenhum dos denunciados. No site do BBom não há nenhum número de telefone para que potenciais clientes se comuniquem com os administradores. O sistema de suporte também estava "fora do ar" durante a tarde desta quarta (17).

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