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O Ministério da Agricultura (Mapa) decidiu reduzir a área de risco sanitário no Paraná, delimitada no final de outubro, após a constatação de casos suspeitos de febre aftosa em quatro municípios do estado. A região interditada, que hoje abrange 36 municípios, deve se restringir às propriedades situadas num raio de 10 quilômetros a partir do foco suspeito, identificados em Loanda, Amaporã, Maringá e Grandes Rios.

A Secretaria de Estado da Agricultura (Seab) deve apresentar hoje um novo mapa da aftosa no Paraná, a partir das novas determinações federais. O secretário de Agricultura e governador em exercício, Orlando Pessuti, acredita que o número de propriedades atingidas pela Instrução Normativa 34, que impede o trânsito de animais suscetíveis à doença, seus produtos e subprodutos, deve diminuir em mais da metade.

Contudo, as novas regras só passam a valer depois que a Defesa Sanitária do Paraná enviar ao Mapa um relatório detalhado com as ações de vigilância adotadas desde outubro no estado. O diretor de Defesa Agropecuária da Seab, Felisberto Queiroz Baptista, que participou da reunião em Brasília com o ministro Roberto Rodigues, se comprometeu em encaminhar as informações solicitadas no prazo de 48 horas.

A flexibilização sanitária ocorre uma semana após o laudo do Laboratório Nacional Agropecuário (Lanagro) ter descartado a presença do vírus de febre aftosa no Paraná. Apesar do resultado negativo, o Mapa resiste em assumir oficialmente o resultado dos testes e em nota de esclarecimento divulgada na sexta-feira alega que os exames não são conclusivos. O governo federal quer que sejam realizados exames complementares.

"Não entendo porque Brasília não acata esses resultados como definitivos, afinal o Lanagro é o Ministério", disse o secretário Orlando Pessuti. Sobre a possibilidade de o estado adotar alguma posição independente, caso as restrições perdurem por mais tempo, Pessuti explica que essa ou qualquer outra posição a ser tomada será discutida durante um encontro de técnicos do governo com representantes da cadeia produtiva, amanhã, em Curitiba.

Na avaliação do secretário, houve um avanço com essa abertura do governo federal, mas a situação só estará resolvida com a revogação da Instrução Normativa 34. Teoricamente, ainda mantêm-se o Paraná sob suspeita e por conseqüências as barreiras impostas pelo mercado internacional e também por outros estados.

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