Esther Dweck afirma que se a meta de resultado primário for cumprida, gastos podem ser ampliados para R$ 15 bilhões.| Foto: Rafael Neddermeyer/Agência Brasil
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A ministra Esther Dweck, da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, sinalizou que pode conceder um reajuste aos servidores públicos brasileiros neste ano mesmo com limitações orçamentárias, veto a emendas parlamentares e necessidade do governo aumentar a arrecadação para cumprir a meta fiscal de zerar o rombo das contas públicas.

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Segundo a ministra, o governo chegou a oficializar uma proposta de aumento de 9% nos salários em duas parcelas em 2025 e em 2026, mas com aumento nos auxílios alimentação, saúde e creche ainda em 2024. No entanto, ela vê que talvez seja possível antecipar o reajuste para ainda neste ano.

“Se você estiver cumprindo a meta de resultado primário e tiver um excesso de receita, a gente pode ter uma expansão da despesa em até R$ 15 bilhões neste ano. Já está pactuado com os ministros que compõem a Junta de Execução Orçamentária, que parte disso seria [usada] para um reajuste dos servidores neste ano”, disse em entrevista ao Metrópoles publicada nesta sexta (26).

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No entanto, Esther Dweck ressaltou que esse reajuste ainda é apenas uma possibilidade, já que não há espaço fiscal neste momento “diante de várias prioridades que o governo tem”. Entre elas estão, diz, a recuperação do piso da educação e da saúde e o aumento real do salário mínimo.

Esther Dweck reconheceu que o orçamento está limitado e que há um esforço do governo para cumprir a meta fiscal, e que “todo mundo tem que ajudar a Receita a ter arrecadação para que a gente possa, de fato, ter um reajuste neste ano”. “A gente não vai conseguir reparar a perda que houve nos governos Temer e Bolsonaro”, pontuou.

No entanto, afirmou que o reajuste dos benefícios foi possível para compensar um pouco parte dessas perdas, já que “estavam muito defasados em relação aos demais poderes e ele é um valor que entra completamente líquido para as pessoas. Ela entra sem nenhum tipo de desconto”.

A ministra afirmou, ainda, que quase a metade dos servidores públicos terá um aumento superior à inflação por causa do reajuste dos benefícios. “Não aumento no salário, mas um aumento na renda, o que eles vão receber dos recursos do governo, que foi a nossa lógica”, completou.

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