A ministra do Planejamento, Miriam Belchior, ironizou nesta terça-feira (15) a situação da empresa Delta, pivô do escândalo envolvendo as conexões do contraventor Carlinhos Cachoeira - e que comanda uma série de obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
Ao lado da presidente Dilma Rousseff, Miriam participou da abertura da 15ª Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios, em um hotel de luxo da capital. Questionada pelo Grupo Estado se a Delta continuaria com as obras, caso seja declarada inidônea no processo instaurado pela Controladoria-Geral da União (CGU), Miriam respondeu: "Pergunta para ela". Confrontada novamente com a pergunta, acrescentou: "Quando for declarada inidônea, a gente conversa. Quando houver o problema, a gente se posiciona".
Para o ministro das Cidades, Aguinaldo Ribeiro, existe sempre uma preocupação quando surgem problemas com empreiteiras.
Em entrevista ao jornal O Estado de S.Paulo publicada no último domingo, o ministro-chefe da CGU, Jorge Hage, sinalizou que a Delta poderia continuar com as obras, caso estejam em estágio avançado. Segundo ele, os contratos de uma empresa considerada inidônea não são rompidos automaticamente e dependem ainda de avaliação de gestor público competente.
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