O ministro de Finanças da Alemanha, Wolfgang Schäuble, está disposto a avaliar medidas adicionais para ajudar a Grécia, de acordo com uma entrevista prevista para ser publicada na edição de domingo (13) do jornal alemão Welt am Sonntag, mas o país deve prosseguir com as reformas. "Se os gregos têm uma ideia do que mais poderíamos fazer para estimular o crescimento, isso poderia ser discutido e considerado", disse Schäuble.
A meta é tornar a Grécia competitiva novamente, promover o crescimento econômico e reabrir os canais para os mercados de capitais. "Isso requer implementar reformas fundamentais que foram acordadas anteriormente", disse Schäuble. "Caso contrário, o país não tem perspectiva."
Após eleições inconclusivas uma semana atrás a Grécia tem tentado, sem sucesso, montar um governo de coalizão. Incerteza e revolta contra medidas de austeridade reacenderam temores de que o país possa não prosseguir com as reformas fiscais.
Schäuble pediu que a Grécia estabeleça um governo comprometido em manter o país nos trilhos, mas reiterou que os gregos não podem ser forçados a permanecer na zona do euro. "Claro que não queremos que a Grécia saia, isso é evidente", disse o ministro ao jornal. Mas o governo alemão estaria equivocado se não estivesse preparado para "todos os cenários possíveis, de modo a conseguir navegar por eles, incluindo situações que não seriam simples para a Europa."
Ele também defendeu o pagamento de novas parcelas de resgate para a Grécia, apesar da incerteza. "O resultado da eleição não é motivo para a Grécia fugir de suas obrigações". Negar ajuda poderia agravar a situação e "ninguém com senso de responsabilidade iria querer tornar difícil para a Grécia montar um governo capaz." As informações são da Dow Jones.
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